Empresários da Fieg e Adial dizem que não são insensíveis a projetos sociais
16 dezembro 2019 às 19h47
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Representantes foram criticados pelo governador, porque querem o fim da contribuição obrigatória ao Protege, que é um fundo de combate à pobreza
Através de nota, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, rebate as declarações do governador Ronaldo Caiado (DEM) sobre as críticas dos empresários à prorrogação do fundo Protege e à substituição do Fomentar e Produzir pelo ProGoiás.
Segundo o presidente da Fieg, os empresários não são insensíveis aos programas de assistência social, mas “entendem que (…) devem ser feitos pelo Governo do Estado com os recursos arrecadados para este fim, e não com políticas financiadas ‘com chapéu alheio’ “.
A nota ainda diz que para a entidade a melhor política social que existe é a geração de empregos. Mabel fala que Caiado precisa manter a “segurança jurídica”, caso queira continuar com política de geração de empregos. Ele avalia que somente assim as empresas podem continuar funcionando.
“Se o governador insistir nessa política equivocada de desindustrializar Goiás, milhares de trabalhadores vão perder seus postos de trabalho, aumentando ainda mais as estatísticas dos programas de assistência social”, diz a nota.
A nota de Mabel finaliza dizendo que a Fieg está aberta ao diálogo.
Adial
A Adial também publicou nota sobre as declarações de Caiado. Segundo a entidade patronal, o “setor produtivo e suas entidades representativas sempre tiveram e têm como princípio básico o diálogo na sua relação com o Governo de Goiás” e que esta relação foi fundamental para “contribuir que a economia do nosso Estado se tornasse a nona maior do País e construíssemos o sétimo maior parque industrial brasileiro, gerando mais de 400 mil empregos diretos e respondendo por mais de 40% da arrecadação do ICMS”.
Assim como na nota da Fieg, a Adial cobra diálogo. Segundo a entidade, o setor produtivo goiano concordou em ajudar o Estado e acatou proposta do então governador eleito de cobrar uma taxa de 15% sobre os incentivos fiscais das empresas para o fundo Protege.
A Adial considera “um sacrifício que o setor aceitou fazer para ajudar o governo em seu momento mais crítico financeiramente”.
“O que temos visto neste ano é uma estratégia de rotular as indústrias em Goiás como vilãs do progresso do Estado. É algo que não aceitamos”, diz o documento.
A Adial também diz que as mudanças propostas pelo governo deixa um “futuro incerto e nebuloso” e que a indústria goiana tem perdido a competitividade com o que chama de sucessivos ataques neste ano aos incentivos fiscais, com objetivo maior de aumentar a arrecadação do Governo de Goiás.
“Acordos são feitos para serem cumpridos. É isso que garante a segurança jurídica e fortalece a credibilidade”, diz a nota assinada pelo presidente da Adial Goiás, Otávio Lage Filho.
Caiado
O governador disse nesta segunda-feira, 16, que quando vê alguns empresários se negarem a contribuir com um percentual para manutenção de projetos sociais mostra “a insensibilidade dessas pessoas”. “Eu não acredito que vão continuar a fazer resistências a esse projeto que está na Assembleia Legislativa”, disse.