“Empregador pensará duas vezes antes de contratar um homossexual”, diz Bolsonaro após criminalização
14 junho 2019 às 16h14

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Em café da manhã com jornalistas, presidente voltou a defender nomeação de ministro evangélico
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Depois do Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizar a homofobia e transfobia, ao equipará-la ao crime de racismo, Jair Bolsonaro (PSL) se manifestou, durante café da com jornalistas, nesta sexta-feira. Segundo o presidente, a medida será prejudicial para os homossexuais, uma vez que empregadores terão medo na hora de contratá-los.
“O STF entrou na esfera penal, estão legislando agora. E essa decisão prejudica os próprios homossexuais. A decisão do Supremo, com todo respeito aos ministros, foi completamente equivocada”, disse o gestor federal.
Para Bolsonaro, o empregador vai temer ser acusado de homofobia e, por isso, pensará duas vezes antes de contratar um homossexual. Para Jair, também será possível aos gays acusarem donos de hotel que não lhe assegurarem vagas, mesmo que essas não existirem.
STF
Em outro momento, o presidente, mais uma vez, defendeu a nomeação de um ministro evangélico no STF. Apesar disso, ele garante que não pretende misturar política e religião.
A justificativa dessa nomeação seria que o ministro poderia se contrapor à criminalização, baseado na Bíblia. “Não custa nada ter alguém lá”.