Para Alysson Lima, é necessário um órgão forte de fiscalização; Eduardo Prado defende rescisão de contrato, se contrapartidas não forem cumpridas

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Nesta quarta-feira, 10, no auditório Costa Lima a audiência pública proposta pelo presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSB) e deputados Alysson Lima (PRB) e Thiago Albernaz (SD) debate melhorias no transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia. No encontro, a presença de várias autoridades como vereadores e representantes de prefeitos das cidades que integram a região metropolitana.

Fiscalização

Na ocasião, o deputado estadual Alysson Lima (PRB), que preside o debate, defendeu o fortalecimento da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e também de um órgão de fiscalização que, segundo ele, pode ser a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) ou, pelo governo, a Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR). “O que precisamos é de um órgão forte, que hoje não temos”, reivindicou.

Segundo Alysson, atualmente da CMTC não há fiscais o suficiente. Para ele, a AGR já lavou as mãos e a CDTC precisa ser fortalecida. “Precisamos provocar mudanças, pois o transporte precisa passar por uma reformulação, não só na questão tarifárias, que está em evidência”, pontou.

Ele justificou que esta pauta tem servido para chegar até o governador, que havia sinalizado tirar o governo do assunto. “Queremos o contrário. O governo subsidiando o sistema, financiando a reforma dos terminais. As principais empresas já sinalizaram que o sistema está falido”, reforçou. “Talvez precisemos de uma nova licitação no transporte coletivo”.

Contrapartida

O deputado delegado Eduardo Prado, que chegou a fazer representação no MP pela rescisão do contrato das empresas responsáveis pelo transporte coletivo, enquanto vereador [ainda não julgada], afirmou que as instituições não cumprem as contrapartidas que estão no contrato desde a década de 1970 e que o governo não tem coragem de enfrentá-las. “Vira essa balbúrdia. Ou cumpre a questão contratual, ou rescinde”.

Segundo Prado, por ser a primeira vez que a Assembleia entra de cabeça nesse assunto, a resolução pode ter um peso maior. “Principalmente por sermos deputados municipalistas. Viemos das Câmaras pra cá [Assembleia]. Eu, Alysson e outros viemos com esse espírito de região metropolitana. Mas espero que não fique só na campo político. Temos que sentar de forma técnica também para que a população não seja prejudicada”.

Compõem a mesa, também, os deputados Thiago Albernaz e Gustavo Sebba (PSDB), além do presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Benjamin Kennedy, o presidente da Metrobus, Paulo César Reis, o vereador de Trindade, Agnelso Alves, que representa o prefeito e presidente da CDTC, Jânio Darrot, o vereador por Goiânia e membro da CDTC, Lucas Kitão (PSL) e o vereador por Hidrolândia, Fabrício Cruvinel (PP).