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Proposta contaria com reposição salarial sem retroatividade e seria apresentada antes da votação do veto — que petista luta para que seja mantido — na próxima terça-feira

Prefeito Paulo Garcia tenta articular com vereadores para que veto seja mantido e novo projeto aprovado / Foto: Prefeitura de Goiânia

O prefeito Paulo Garcia (PT) se reuniu na manhã desta terça-feira (24/2) com vereadores do Paço Municipal a fim de discutir novo projeto que pretende apresentar antes da votação na Câmara do veto parcial do petista ao projeto que reajusta a data-base dos servidores públicos.  O petista vetou as emendas dos vereadores que garantem retroatividade e universalização do direito de 2014.

Conforme o vereador Tayrone di Martino (sem partido), a intenção do prefeito é amenizar o veto — que deve ser votado na Casa na próxima terça-feira (3/3) –, e articular para que não seja derrubado pelos parlamentares. Tayrone explicou à reportagem que vota pela manutenção do veto somente no caso de acordo entre funcionários e gestão municipal.

Este novo projeto, tentativa do prefeito de chegar a um acordo sem ter seu veto derrubado, refere-se ao pagamento da data-base a partir de agora, somando as alterações referentes a 2014 e 2015, mas sem retroatividade. A prefeitura pretende apresentar um projeto antes de votar o veto para garantir o aumento. “Agora vai depender de cada vereador. Eu devo votar pela derrubada do veto e pelo reajuste, a não ser que o prefeito entre em acordo com os sindicatos”, informou Tayrone.

O secretário de Governo Osmar Magalhães, que estava junto com o prefeito na reunião com os vereadores Elias Vaz, Geovani Antônio, Divino Rodrigues, Thiago Albernaz (PSDB), Anselmo Pereira (PSDB, Pedro Azulão Jr. e Carlos Soares (PT), — além de Olavo Noleto –, esteve mais cedo em uma reunião com o Fórum Sindical. Em entrevista ao Jornal Opção Online o secretário não quis adiantar detalhes do projeto, dizendo apenas que se trata de reposição relativa à data-base de 2014 e projeção de reposição de 2015.

A discussão, entretanto, é acirrada no que se diz a respeito da retroatividade reivindicada pelos funcionários, e negada pela gestão. “Hoje não tem condições de pagar retroatividade. Isso significa aproximadamente R$ 44 milhões aos cofres públicos”, disse o secretário. De acordo com ele, o que está em pauta para ser discutido nesse momento é a reposição para os demais servidores de 2014 e de 2015.”

Paulo Garcia viaja na próxima quarta-feira (25/2) para a Espanha, e volta apenas no dia 6 de março. Segundo Osmar Magalhães, o petista deixou ao encargo do secretário e de outros assessores o término das negociações a apresentação do projeto em tempo hábil de ser apreciado antes do voto. “É o contraponto do veto”, explicou Osmar.

Já quanto à reforma administrativa, o gestor irá encaminhar a matéria assim que retornar da Europa.

O Jornal Opção Online tentou contato com os vereadores Anselmo Pereira (PSDB), Carlos Soares (PT), Mizair Lemes (PMDB) e Izídio Alves (PMDB), mas as ligações não foram atendidas.