Em reunião com Maia, deputado goiano pede revogação do Estatuto do Desarmamento
15 março 2017 às 15h44
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Delegado Waldir também tratou da mudança em alguns pontos da Reforma da Previdência, como na questão da aposentadoria de militares
Contrário à Reforma da Previdência, o deputado federal Delegado Waldir (PR) esteve em uma reunião nesta quarta-feira (15/3) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e outros representantes da bancada da Segurança Pública, a chamada bancada da Bala. Segundo ele, o objetivo foi tratar não só das mudanças previdenciárias, mas também de alterações no Estatuto do Desarmamento.
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Um dos pontos mais polêmicos da Reforma da Previdência é justamente a aposentadoria de militares que, por exercerem uma profissão de alto risco, podem receber o benefício mais cedo. Se a proposta passar no Congresso, no entanto, eles terão que seguir a mesma regra dos demais, o que é duramente criticado pelos parlamentares da bancada.
Segundo o deputado, Maia se mostrou aberto às demandas e prometeu tentar articular algumas das propostas com o presidente Michel Temer (PMDB). “Alguns pontos ele disse que é inegociável, mas ele quer ver a possibilidade de fazer algumas poucas alterações”, contou. Sobre o Estatuto do Desarmamento, Maia deve tentar abrir espaço para a discussão na Câmara.
Waldir disse que o entendimento do governo é de que os policiais brasileiros se aposentam muito cedo e que o ideal seria que houvesse uma transição de função, ou seja, que ele atuasse no trabalho de rua por um tempo e, depois, assumisse uma cargo administrativo. Entretanto, a proposta é problemática, para o deputado, porque desconsiderada a taxa de mortalidade entre policiais.
“Nós o lembramos que morrem dois policiais por dia no Brasil e ele disse que iria levar nossa reivindicação pro Temer e organizar uma agenda com o Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira”, disse ele.
Questionado sobre os pontos com os quais ele concordava, Waldir listou dois: “Os únicos pontos positivos são o teto salarial único para políticos, delegados, juízes e outros porque quem quiser receber mais tem que procurar o complementar. A outra é a proibição da acumulação de aposentadoria, exceto no caso de professores ou outra categoria em que os profissionais têm mais de um emprego”.