Há mais de dois meses paralisada, categoria reivindica iniciativa do reitor Orlando Afonso para solucionar impasse com os ministérios da Educação e Planejamento

Grevistas usam faixas com frases de protesto e abordam pessoas tentam acessar o local | Foto: Reprodução/SINT-IFES GO

O acesso ao prédio da reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Campus Samambaia, está bloqueado por cerca de 60 trabalhadores técnico-administrativos em educação da instituição, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) desde o início da manhã desta sexta-feira (31/7).

Os servidores estão em greve há mais de dois meses e reivindicam do reitor Orlando Afonso Valle do Amaral iniciativa para solucionar o impasse entre a categoria e os ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento. O Jornal Opção Online entrou em contato com o dirigente, que ficou de retornar a ligação e não o fez até o momento.

Os grevistas usam faixas com frases de protesto e abordam pessoas tentam acessar o local. O fluxo principal, de fornecedores e prestadores de serviços terceirizados, é considerado normal. A UFG está no fim do período de férias e indicação de greve dos professores, o que gera incerteza em estudantes da universidade.

“Ele é a autoridade maior do MEC no Estado de Goiás e o canal com livre acesso ao ministério e à Secretaria de Ensino Superior, Técnico e Tecnológico. Queremos uma articulação para a solução do nosso impasse”, disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFES GO), José Pires Júnior, em entrevista ao Jornal Opção Online. Orlando do Amaral esteve na reitoria, mas não quis falar com os grevistas, conforme relatou o dirigente.

Em greve há 65 dias, os servidores das instituições federais reivindicam reajuste salarial de 27,3% referente às perdas inflacionárias desde 2010, além do aprimoramento do plano de carreira e de mais autonomia na gestão das universidades e institutos federais. A manifestação faz parte da orientação nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Na negociação mais recente foi proposto índice de 21,3% a ser pago em quatro anos, mas o valor foi considerado insuficiente pelos trabalhadores. As pautas específicas do âmbito financeiro são tratadas diretamente com o Ministério do Planejamento, enquanto as educacionais são de responsabilidade do MEC.

Na quarta-feira (29), foi realizada paralisação de uma hora dos 850 servidores do Hospital das Clínicas da UFG, no Setor Leste Universitário, retardou o atendimento de pelos menos 300 pacientes e gerou filas.