Cármen Lúcia veio a Goiânia tratar com autoridades do governo do Estado após rebelião e fugas de detentos

Gilberto Marques Filho, Cármen Lúcia, Marconi Perillo e Benedito Torres na chegada do TJ-GO | Foto: Fernando Leite
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármem Lúcia, participa na manhã desta segunda-feira (8/1) de reunião na sede do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) com autoridades do Estado para discutir a situação dos presídios de Goiás.
A ministra veio a convite do governador Marconi Perillo (PSDB), que tenta articular uma reunião com o ministro da Justiça, Torquato Jardim. Ele cobra mais investimentos do governo federal para socorrer a crise penitenciária que assola varias unidades federativas do país.
Além do governador e da ministra, participam da reunião do presidente do TJ-GO, Gilberto Marques Filho, o presidente da Ordem dos Advogados de Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio Paiva, e o secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP), Ricardo Balestreri.
“Goiás é o estado geoestratégico que, pela localização e próximo ao Distrito Federal, tem sido alvo de uma intensa operação de crime organizado. Este é um fenômeno profundamente articulado e poderoso”, afirmou o titular da SSP.
No encontro, o governador avaliou a efetividade das medidas adotadas após a rebelião de presos no regime semiaberto da Colônia Agroindustrial de Aparecida de Goiânia e a decisão do juiz federal em Goiás Leão Aparecido Alves pela transferência de presos da unidade para presídios federais.
Ele ainda reforçou a necessidade de investimentos por parte da União em segurança pública e no sistema penitenciário.
Na reunião, Marconi também reforçou que as novas unidades prisionais de Formosa, no Entorno de Brasília, e de Anápolis, na região Central do Estado, estão quase concluídas e poderão ser entregues ainda na primeira quinzena de fevereiro. Também falou sobre obras em Águas Lindas, Novo Gama e Planaltina.
O diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Edson Costa, exaltou a medida que irá segregar e hierarquizar presos em Goiás. “São detentos faccionados e que tumultuam o sistema. Já existe um mapeamento de todas as lideranças. Iremos estancar estas facções dentro do sistema”, diz.
Ainda não está confirmada a visita da ministra ao complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia, onde uma rebelião no dia 1º de Janeiro deixou nove detentos mortos, 14 feridos e dezenas de foragidos.
Ao chegar ao TJ-GO, nenhuma autoridade falou com a imprensa antes da reunião.
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