Em Goiás, nova cepa do coronavírus pode influenciar no resultado da vacinação, diz especialista
09 fevereiro 2021 às 11h12

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O Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, constatou nova variante após analisar amostra de um morador de Ceres

Uma nova cepa do coronavírus detectada em Goiás foi encontrada pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, após analisar amostra de um morador de Ceres. O laboratório paulista confirmou na segunda-feira, 8, que é um caso de reinfecção na mesma pessoa por essa variante. A constatação tem preocupado autoridades de saúde e acende o alerta para que as medidas de isolamento sejam cumpridas.
Ao Jornal Opção, o infectologista Boaventura Braz disse que a respeito da nova cepa ainda não se sabe muito. “Sabe-se por ser um vírus que tem uma diferenciação do Sars-Cov-2, que pode ser considerado uma nova cepa. Quando se considera que é um nova cepa, é porque exatamente o material genético dela é tão diferente que poder ser considerada diferente das demais já encontradas até o momento, ou seja, diferente da cepa da África do Sul, de Manaus e do Reino Unido”, explica.
O especialista alerta para o impacto dessa nova cepa no resultado da vacinação contra à Covid-19. “Preocupa muito, porque quanto mais você tem cepas diferentes mais impacto pode ter no resultado da vacinação. Por exemplo, essa vacina da Oxford é uma vacina que vai proteger a partir da proteína, e essa vacina corre o risco de perder a capacidade, a efetividade de pessoas que tenham sido vacinadas diante dessas novas cepas que estão aparecendo no mundo”, aponta Boaventura.
Para Boaventura é preciso manter os cuidados, e ao mesmo tempo reforça a importância que é a redução da transmissão, seja em Goiás ou em qualquer parte do mundo.” Quanto mais o vírus circula, maior a probabilidade de novas cepas aparecerem. Independente de estar vacinado ou não as pessoas tem que manter os cuidados, primeiro porque a vacina que nós temos a disposição não consegue proteger a pessoa de ter o vírus no corpo dela, de estar infectado, podendo transmitir mesmo não tendo os sintomas”, alerta.