Em Goiânia, usuária de crack escapa da morte graças ao cachimbo que carregava no sutiã
28 agosto 2014 às 15h07

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De acordo com investigações, a mulher só sobreviveu por sorte. Especialistas discordam, afirmando que na verdade trata-se de azar. Solução para o caso continua nas mãos do destino
Volta e meia meu telefone apita e grita quando recebe aquelas mensagens irritantes: parabéns, você ganhou R$ 70 mil em dinheiro. Carros, casas e até mesmo o Faustão, o da televisão lá, já entrou em contato comigo. Olha só, que fino, minha gente. Mas enfim, quem me dera se a sorte viesse e me deixasse assim, de quatro, desse jeito. Ou alguém o fizesse e trouxesse pra perto esse tal sentimento (é sentimento a sorte?). “Meu amor, você me dá sorte/ Você me dá sorte na vida!”, Caetano assim já dizia na música que leva o nome do substantivo. Sorte: projeto de palavra e sentimento indefinível.
Sorte pode também ser destino, algo casual. Pode ser sorte do bem ou ser sorte pro mau. No dicionário: “o conceito de sorte ignora qualquer tipo de justificação racional.” Por sorte, sorte grande, boa sorte, maldita sorte, sorte no amor, sorte no jogo, homem de sorte e por aí vai a palavra pelo infinito, sem exatidão no sentido, mas precisa no sentimento.
Sem explicação, definição exata até o momento, nada mais justo do que se justificar com um exemplo:
Uma mulher de 28 anos, usuária de crack, sobreviveu a um tiroteio na Avenida Leste-Oeste, em Goiânia por conta do cachimbo utilizado para o uso da droga. Na noite desta quarta-feira (27/8) a mulher foi baleada e, por sorte, dois dos três disparos atingiram o cachimbo de metal que a vítima guardava no sutiã.
A Polícia Militar informou que dois homens não identificados chegaram ao local e dispararam contra a mulher. Ela foi socorrida por uma unidade Corpo de Bombieros e encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Pessoas que estavam próximas ao local afirmaram que os homens chegaram a pé, efetuaram os disparos sem falar nada com a vítima e fugiram em seguida.
Ou seja, sorte.