Em Goiânia, Campos defende manutenção do Minha Casa, Minha Vida e promete 4 milhões de novas moradias
23 maio 2014 às 12h05
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Pré-candidato ao Palácio do Planalto respondeu perguntas pré-estabelecidas pela programação do 86º Enic. Para ele, é preciso aprimorar e agilizar o programa
O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, defendeu a manutenção do programa Minha Casa, Minha Vida e prometeu a construção de 4 milhões de unidades habitacionais em todo o país nos próximos quatro anos caso eleito. As falas vieram na manhã desta segunda-feira (23/5) durante painel no último dia do 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção, no Centro de Convenções de Goiânia.
Campos elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo ele, conseguiu reunir diferentes programas sociais pensados pelo também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e aplicá-los no Brasil por meio do Minha Casa, Minha Vida. Para o presidenciável, é preciso corrigir o que há de errado e não o que está dando certo nos programas sociais.
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Apesar de defender a manutenção do benefício, o pessebista pontuou que é preciso ampliá-lo e aprimorá-lo. “Temos que ter uma visão regionalizada quando formos construir novas casas, entender os vários brasis existentes dentro do Brasil”, refletiu, complementando que cada região exige adaptação. O ex-governador destacou que como mudanças pretende acelerar o processo de construção e liberação de novas residências por meio do Minha Casa, Minha Vida.
Em tom político, Campos analisou que é preciso devolver o Brasil aos brasileiros e tirar as velhas raposas isoladas em seus palácios do poder. “O governo que não ouve não está alinhado com o povo”, criticou. Campos é neto do ex-governador de Pernambuco por três vezes Miguel Arraes, falecido em 2005.
O pernambucano comentou em suas respostas sobre o setor energético e o reforço nos programas de habitação. Em relação à economia, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula observou que é preciso rever o sistema tributário brasileiro, considerado por ele como o pior do mundo.
Antes do início do painel, Campos foi recepcionado pela cúpula da construção civil e da indústria de Goiás e do país em uma sala fechada. O pré-candidato comentou, principalmente, sobre investimentos na área do saneamento básico.
Em discurso de pouco mais de 48 minutos, no qual respondeu sequencialmente à pauta de questionamentos pré-estabelecidos pelo evento — como, por exemplo, a garantia da continuidade de programas sociais, a viabilização de investimentos públicos e privados, a desburocratização do Brasil e o investimento tecnológico e de capacitação na construção –, o político foi aplaudido 17 vezes e arrancou risos do público em diferentes situações.
O nome da ex-senadora Marina Silva (PSB), que compõe pré-candidata a vice de Campos, foi citado apenas uma vez, ao final do fala. Já a presidente Dilma Rousseff, pré-candidata petista à reeleição no Palácio do Planalto, foi lembrada pouco mais de três vezes, sempre em tom de crítica.