Colunista do Estadão escreve que, ao considerar apenas questões jurídicas para o relatório sem deixar de citar o ambiente político, goiano acertou

Deputado federal Jovair Arantes | Foto: Zeca Ribeiro
Deputado federal Jovair Arantes | Foto: Zeca Ribeiro

A colunista Eliane Cantanhêde avalia, em sua coluna no Estadão desta sexta-feira (8/4), como “perspicaz” o relatório apresentado pelo deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Segundo ela, ao considerar apenas as questões jurídicas e as pedaladas fiscais, o goiano garantiu a integridade e respaldo jurídico do parecer — que indicou pela continuidade do processo.

Não obstante, ao também citar a atual conjuntura política e econômica do País, Jovair deixou “uma brecha” para que novas denúncias possam ser avaliadas pelo Senado — que é quem vai julgar realmente.

“Arantes também delegou o julgamento final ao Senado, deixando uma brecha para que novas denúncias, dessas que pipocam a toda hora, como a da delação da empreiteira Andrade Gutierrez, possam ser acrescentadas mais adiante à argumentação pró­-afastamento de Dilma”

Eliane garante, ainda, que o governo federal sabe que vai perder na Comissão do Impeachment e precisa conseguir os votos no Plenário. “Sendo assim, o parecer virou senha para pressionar os partidos, atrair apoios e convencer os que são, ou se dizem, indecisos”, completou.