Pronunciamento acontece um dia após delator da Lava Jato dizer que Cunha o pressionou para receber propina do “Petrolão”

Em coletiva a ser realizada na manhã desta sexta-feira (17/7), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) deve anunciar rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Pronunciamento acontece um dia após delator da Operação Lava Jato dizer que Cunha o pressionou para receber propina do “Petrolão”.

Há meses o rompimento da aliança PMDB-PT vem sendo especulado e, caso o presidente da Câmara realmente anuncie ruptura com o governo, essa possibilidade pode caminhar para se concretizar.

Se no começo do ano, Dilma afirmava que o PMDB só dava alegrias a ela e, já em junho, Cunha tenha negado mal-estar entre o partido e o governo, na manhã de ontem (16), após Michel Temer, vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, ter anunciado que o partido pretende ter candidato próprio à presidência em 2018, o presidente da Câmara afirmou que a aliança entre os partidos só era mantida por compromisso político, mas que não era improvável a saída da legenda da base. “Se tem um partido que não quero fazer aliança hoje é o PT”, afirmou o deputado.

Com o rompimento, o presidente da Câmara deve instalar duas CPIs “contra o governo”, uma para investigar os fundos de pensão e outra, desvios no BNDES. Ainda hoje, às 20h25, um pronunciamento pré-gravado pelo peemedebista será exibido na TV. O mais provável é que o programa trate do balanço dos trabalhos da Câmara no primeiro semestre, porém não se sabe ainda o teor da mensagem.