Edinair, a fantasminha corredora que virou boi de piranha
29 setembro 2015 às 16h56
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Um amigo meu brinca comigo, dizendo que não sabia que jornalista também era dublê de educador físico. Claro, é uma referência ao pique que a repórter Renata Costa deu para tentar continuar a entrevista com uma fantasminha da Assembleia Legislativa — aliás, nossa Casa de Leis goiana está mais para uma mansão mal-assombrada, não?
Na cultura popular, a expressão “boi de piranha” é o animal sacrificado, jogado às feras, para que o restante sobreviva. É o que parece estar ocorrendo com Ednair Moraes, que virou meme na internet com sua fuga patética da jornalista-perseguidora.
A comissionada Ednair foi exonerada do gabinete de Marlúcio Pereira (PTB), depois da repercussão nacional do escândalo, do qual era virou ícone. Uma medida sumária demais, já que o deputado disse que, sim, ela trabalhava, não acham? Não, eu não acho.
Mas ela não pode ser boi de piranha, ou bode expiatório, de toda essa polêmica vergonhosa. A pergunta que fica é: vão mesmo continuar essa política de exonerar todos os que usam desse expediente para fraudar o erário? Ou ficará só para a turma que apareceu na TV?
Pelo que conhecemos da Assembleia mal-assombrada, fico com a segunda hipótese. Ficarei surpreso se for o contrário.