Hoje, o valor do ICMS sobre o preço médio do botijão de gás de 13 quilos é de R$ 12,07 e o valor do imposto estadual cobrado na gasolina é de R$1,77

Fake News disseminadas em redes sociais | Foto: montagem/reprodução

A batalha política sobre os sucessivos aumentos nos preços dos derivados de petróleo agora chega ao campo das Fake News. Em grupos de Whatsapp, nos quais as campanhas de desinformação encontram terreno fértil, circula uma série de postagens que tenta transferir para os governos estaduais a responsabilidade do preço do litro da gasolina alcançar o patamar recorde de R$6 e do botijão de gás ultrapassar os R$100.

No caso do botijão que já passou por seis aumentos neste ano, os dados que circulam de forma equivocada, apontam que o valor cobrado pela Petrobras seria de R$45,85. O frete, distribuição e lucro estaria em R$14,15, os impostos federais representariam R$0,85 e o maior valor estaria no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual chegando a R$50.

A Fake News foi desmentida pelo presidente da Sinergás, Zenildo Dias. Segundo ele, o valor do ICMS sobre o preço médio do botijão de gás de 13 quilos é de R$ 12,07 e o valor para o consumidor em Goiás está variando de R$100 a R$120 reais. “A alta se deve a cotagem internacional. A culpa está na Petrobras e não no governo estadual. Ela que vende o preço em dólar”, explicou.

No caso dos combustíveis, principalmente, da gasolina o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade afirma que a alta não é relacionada ao valor do ICMS, que é cobrado pelo estado. Hoje, o valor do imposto estadual cobrado na gasolina é de R$1,77 e o federal  é de R$0,68.

“Tem que deixar claro que o que está causando o maior preço na bomba é o preço da Petrobras, porque está vinculado ao mercado internacional, como dólar que tem subido constantemente nos últimos anos e quanto mais alto o dólar mais caro fica o combustível brasileiro. E tivemos também o acréscimo do petróleo no mercado internacional, e com o dólar e o petróleo subindo, os dois juntos potencializa os aumentos internos na Petrobras. A alíquota do imposto estadual continua a mesma,  são 30% sobre a gasolina, e não tem justificativa falar que o ICMS, que é o imposto estadual, que está causando a alta no preço na bomba”, afirma.