Polícia ainda não tem pistas dos criminosos. Vítimas eram menores de idade. Uma delas estava acompanhada do namorado, que tinha várias passagens

Na foto, jovem que foi morta no Centro. Ela estava acompanhado do namorado. Foto: Reprodução/AgMais
Na foto, jovem que foi morta no Centro. Ela estava acompanhada do namorado. Foto: Reprodução/AgMais

Uma adolescente e uma jovem de 13 e 17 anos, respectivamente, foram assassinadas na noite deste domingo (15/6) em Goiânia. Os crimes aconteceram em bairros diferentes, mas com características semelhantes: as execuções tiveram a participação de suspeitos que estavam em motocicletas.

Segundo a PM, T.C.S., 17, estava com o namorado na Rua 3, no Centro, quando supostamente um homem desceu da moto preta a qual pilotava. Sem dizer nada, ele disparou contra o peito dela, que morreu no local. O acompanhante dela tem oito passagens pela polícia.

Já no Bairro Goyá, T.R.C., de 13, estaria com uma amiga na Praça da Bandeira quando um suspeito em uma moto vermelha aproximou e efetuou disparos contra a menor. Logo depois, mandou a outra garota correr e fugiu.

O Jornal Opção Online entrou em contato com o 1º e o 20º Distrito Policial, responsáveis pelo recebimento das ocorrências nos bairros citados, mas nenhum dos casos ainda havia chegado ao conhecimento das autoridades.
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Rumores

Os casos chamaram a atenção pelas semelhanças entre a morte de Isadora Aparecida Cândida dos Reis, de 15 anos. Ela perdeu a vida durante uma suposta tentativa de assalto no dia 1º de junho.

A vítima caminhava com o namorado Clayton César Pimenta Júnior em direção a casa dela, no Setor Vila São José, quando foi abordada por um motociclista. O suspeito anunciou o assalto e no momento em que a adolescente entregava o celular, o aparelho caiu no chão. Então, o criminoso atirou contra Isadora e fugiu sem levar nada.

Dias depois, Clayton disse ter reconhecido o retrato falado da pessoa responsável pela morte da namorada, indicando que seria o mesmo que assassinou a assessora parlamentar Ana Maria Duarte no dia 14 de março, em uma lanchonete, no Setor Bela Vista.

No dia 8 de maio outras duas jovens foram assassinadas na capital em situações parecidas. Uma em um bar, no Jardim América, e outra em um ponto de ônibus do Setor Bueno. No dia 23 do mesmo mês, outra adolescente foi morta no Setor Sudoeste no final da tarde. Em todos esses casos os criminosos não chegaram a levar os pertences das vítimas.

No entanto, o delegado Murilo Polatti, titular da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), afirmou na época que os casos mereciam uma atenção especial, mas que não teriam sido cometidos por um serial killer (assassino em série).

Entre o fim de maio e o início de junho foram divulgados áudios pelo aplicativo de celular WhatsApp no qual foram espalhados rumores de que um assassino em série estaria atuando pela cidade, hipótese descartada pela polícia até o momento.