Uma agência de marketing contratada por uma empresa farmacêutica recebeu R$32 mil para criar um e-commerce e por serviços de marketing digital que, depois de oito meses, não foram entregues. A Polícia Civil (PC) prendeu preventivamente o dono da empresa nesta quarta-feira, 9, que é investigado por estelionato.

Ao Jornal Opção, o delegado do caso, Igomar Caetano, disse que a empresa atua no ramo há cerca de sete anos, mas que cresceu bastante recentemente e não tem cumprido com as demandas dos contratos, mesmo recebendo o dinheiro. Ainda não se sabe quantas vítimas existem ao todo, mas o delegado apontou que localizou outras ocorrências policiais com o mesmo modelo de operação fraudulenta. A estimativa é de R$ 100 mil em prejuízo.

A polícia ainda deve entrar em contato com outras possíveis vítimas para mapear as fraudes e o valor delas. O empresário também atuava em outros estados e, segundo o delegado, é dono de pelo menos outras quatro empresas de marketing pelo Brasil. Existem outras ocorrências de estelionato em Goiás, mas também nos estados do Tocantins e Bahia.

A PC também cumpriu dois mandados de busca e apreensão na casa onde ele mora e na sede da empresa, em Goiânia. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos contratuais, registros financeiros e outros elementos que evidenciam a atuação criminosa. 

O delegado ainda acredita que a vítima que denunciou a empresa e motivou a investigação receba os R$32 mil de volta. O investigado deve ser obrigado judicialmente a restituir o valor ao cliente. A ação foi realizada pela Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia. O preso está à disposição do Poder Judiciário.

Como os nomes do investigado e da empresa não foram divulgados, o Jornal Opção não conseguiu localizar sua defesa dele. Para o delegado, a divulgação dos nomes pode comprometer as investigações.

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