Caso o país não tivesse quitado pelo menos ⅓ do total do valor até o final do ano, poderia ter perdido direito de voto na Assembleia Geral

Nesta terça-feira, 4, o Brasil assume cadeira não permanente no Conselho de Segurança com uma dívida de US$ 293 milhões com a Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar da dívida, o país não será impedido de assumir pela 11ª vez um assento não permanente, mesmo com o constrangimento do valor a ser pago.

Ao Poder360, o Itamaraty tinha afirmado que se o país não quitasse pelo menos ⅓ do total da dívida até a virada do ano, o país poderia perder o direito de voto na Assembleia Geral. O Brasil teria de pagar pelo menos US$ 120,6 milhões até 31 de dezembro. No dia  21 de dezembro, o Ministério da Economia teria liberado US$ 68,8 milhões –menos do ⅓ necessário.

Cerca de 72% dessa dívida é decorrente aos atrasos de pagamentos de missões que o Brasil participa, desde 2018, como aporte ao orçamento regular da ONU e ao custeio das operações de paz e estabilização. Atualmente, o Brasil participa de 7 missões: Abyei (região separatista do Sudão), Chipre, Líbano, República Centro-Africana, RDC (República Democrática do Congo), Saara Ocidental e Sudão.

O Brasil está entre os 41 países que estão no vermelho devendo a ONU.

*Com informações do Poder360