Para juíza, decisão do presidente tem objetivo de favorecer políticos corruptos

Diretora da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, Telma Aparecida Alves | Foto: reprodução/Asmego

A juíza de execução penal e diretora da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, Telma Alves, disse que espera que o Superior Tribunal Federal (STF) barre decreto do presidente Michel Temer (MDB), que ameniza critérios para indulto de Natal.

O decreto, emitido em dezembro de 2017, diminuía o tempo de pena necessário para conseguir o perdão do presidente. Desde então vem sendo criticado por magistrados, recebendo críticas, inclusive, da ministra Cármen Lúcia e da procuradora Geral da República Raquel Dodge.

Assim como elas, Telma critica a medida de Temer por considerar que ela tem o objetivo de beneficiar a classe política presa por corrupção. “A intenção dele não era de dar perdão para indeterminado número de pessoas, mas para beneficiar um grupo específico, de favorecer os seus”, disse.

“Tudo tem que ser pesado, tem que beneficiar indistintamente, eu concordo com a ministra Cármen Lúcia e com a procuradora geral Raquel Dodge”, reiterou. A juíza disse que tem esperanças que a justiça superior possa intervir nesse assunto. “Sou contra e espero que o STF tenha a mesma lucidez de acabar de vez com essa insanidade”, pontuou.

Os ministros do STF julgam, na tarde desta quarta-feira (28/11), ação do ministro Barroso, que contesta diversos pontos da decisão de Temer.