Segundo parlamentar, Agência Nacional de Transportes Terrestres realizou audiências públicas só com as concessionárias

Diego Sorgatto | Foto: Divulgação

As cidades goianas do Entorno de Brasília tiveram a tarifa de seus ônibus reajustadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pelo entendimento de que se trata de transporte coletivo interestadual. O deputado estadual Diego Sorgatto (PSDB), que representa a região, entrou com ação na Justiça Federal da Capital do País, a fim de suspender e anular essa medida.

“Estamos articulando audiências públicas, que devem ocorrer nos próximos dias 22 e 29 de março em Águas Lindas e Luziânia, com o intuito de discutir com a comunidade do Entorno e autoridades da região, que são os verdadeiros interessados, os impactos do reajuste da tarifa e as demandas sobre o transporte público”, afirma Sorgatto.

Segundo ele, é importante falar sobre as audiências, pois a ANTT divulgou que também as realizou. “Mas só as concessionárias foram convidadas, dessa forma não foram audiências públicas e sim reunião entre duas partes interessadas no reajuste”, reivindica.

Comoção popular

Sobre a ação, o parlamentar afirma que esta foi fruto da comoção popular da região, “diante das inúmeras manifestações de insatisfação que recebemos. Foi proposta por mim, pelo Deputado Federal Célio Silveira (PSDB) e pelo colega de Assembleia Legislativa Deputado Estadual Jeferson Rodrigues (PSDB), todos representados pela advogada Thaís Moraes. O vereador de Águas Lindas, Rogemberg Barbosa e o Deputado Federal João Campos (PRB) também acionaram a justiça em ações próprias para discutir o mesmo tema. Estamos juntos nesse objetivo”.

Reajuste

Diego explica que reajuste varia do município ou localidade que passa a linha de ônibus. Conforme o tucano, na linha entre Luziânia e Brasília, por exemplo, ela aumenta R$ 0,40, enquanto a de Mansões Marajó (Cristalina) a Brasília teve reajuste de R$ 0,50. Já de Águas Lindas à Capital Federal o acréscimo foi de R$ 0,35, elucida o parlamentar.  

“Mesmo com a variação, a nova tarifa imposta está acima da inflação e impacta diretamente o bolso dos usuários e trabalhadores”, diz o deputado estadual, que considera que a atitude da ANTT foi ilegal e imoral. “Ilegal porque infringiu cláusulas contratuais da concessão do serviço público e imoral, porque ainda se utilizou de realização de audiências públicas – com a presença somente das concessionárias – para alterar o contrato que já foi firmado desde 2014.”

ANTT

O Jornal Opção entrou em contato com a ANTT, por telefone e enviou e-mail em que solicita uma nota sobre o assunto. A entidade se comprometeu a responder e, quando o fizer, esta matéria será atualizada.