O início de junho trará um espetáculo celeste raro. Astrônomos chamam esse fenômeno de “desfile planetário”. Nas manhãs de segunda, 3, e terça-feira, 4, pouco antes do nascer do sol, seis planetas estarão alinhados e visíveis: Mercúrio, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Apesar de não ser possível ver todos os planetas a olho nu, a sequência de visibilidade será impressionante: Saturno estará mais alto no céu, seguido por Netuno, Marte, Urano, Mercúrio e, finalmente, Júpiter próximo ao horizonte. A raridade deste alinhamento se deve à posição e órbita específicas de cada planeta em relação à Terra.

Na manhã de domingo, 2, a lua se aproximará de Marte, enquanto Mercúrio e Júpiter estarão mais próximos do horizonte. Na segunda-feira, 3, a lua passará entre Marte e Saturno, apontando também para Mercúrio, Júpiter e Urano perto do nascer do Sol.

Com o sol prestes a nascer, o céu começará a clarear, tornando a observação mais desafiadora. Ainda assim, para os entusiastas da astronomia, esse desfile planetário oferece uma oportunidade única de contemplar a grandiosidade do nosso sistema solar.

Júpiter e Mercúrio, por causa da próximadade com o Sol, estarão díficeis de se visualizar. Urano e Netuno, por conta de uma maior distância e menor massa, precisarão do auxílio de um telescópio e dedicação. Marte e Saturno, por ourto lado, estarão visíveis a olho nu, embora seja um vislumbre discreto.

Especialista fala sobre o fenômeno

“Marte e Saturno serão fáceis de detectar a olho nu. Outros dois – Mercúrio e Júpiter – são mais brilhantes, embora estejam extremamente baixos no céu, cerca de 20 minutos antes do nascer do sol. Serão difíceis, mas não impossíveis de detectar no crepúsculo”, disse o professor Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp em Bauru, São Paulo, ao G1.

Destaca-se também o desafio que será, mesmo para pessoas habituadas com os equipamentos astronômicos, de encontrar os planetas no céu. “Urano e Netuno acredito que somente observadores experientes com telescópios e mapas localizadores”, revelou o professor.

Vale lembrar que como todos os astros flutuam entre diferentes sistemas e galáxias, pensar um “alinhamento” só é possível a partir de um observador. Ou seja, é um fenômeno baseado no céu do Planeta Terra, significa que esse é um fenômeno que só existe a partir do ponto de vista humano. Além de serem todos planetas do Sistema Solar.

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