Deputados divergem sobre a reforma tributária na Alego
09 novembro 2023 às 19h11
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A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma tributária segue sendo tema de divergência entre políticos, especialmente entre aqueles ligados a partidos de esquerda e direita. Agora, com sua aprovação no Senado na quarta-feira, 8, não foi diferente.
Durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) desta quinta, os deputados Bia de Lima (PT) e Fred Rodrigues (DC) emitiram opiniões contrárias ao texto.
De um lado, a petista, em discurso na tribuna, elogiou a reforma tributária e destacou que a última atualização sobre o tema ocorreu na década de 1960.
“Abaixa a taxa e alíquota de vários segmentos, inclusive 30% de desconto para alíquota dos profissionais liberais, médicos, dentistas, etc. Melhora e muito o aspecto contributivo, principalmente na questão de imposto sobre imposto, que muitos segmentos vinham pagando, e que agora há um único imposto para substituir o PIS, o Confins, o IPI, o ICMS e o ISS”, afirmou.
No entanto, Bia de Lima reconheceu que precisará de tempo para o novo modelo tributário de adequar. “A última reforma tributária que ocorreu no Brasil foi na década de 1960, tanto é que está ultrapassada que somente agora passamos a ter essas mudanças”, ressaltou.
Já o deputado Fred Rodrigues foi contra. Além de definir a reforma tributária como ruim, o parlamentar aproveitou para tecer críticas ao Governo Lula.
“Acaba criando um comitê em que o Estado simplesmente vai receber uma mesada. Encaminhou para isso, infelizmente foi aprovada. Acabou nos tornando menos competitivo e interessante para o cenário mundial, que obviamente já é uma linha de raciocínio e de atuação dos governos com tendência de esquerda. O Brasil está prestes a ter o maior imposto do mundo. Basicamente foi isso que a reforma conseguiu”, comentou.
“Vai ser um país extremamente pesado para o empreendedor. Se você pune o empreendedor, você pune, por consequência, o trabalhador. Os investidores estão com medo de colocar o dinheiro no Brasil. Qualquer um que já tentou tocar uma empresa aqui, com um mínimo de funcionário, sabe como é difícil. O Governo Federal não se preocupa em fazer um melhor aproveitamento dos gastos públicos e agora está mostrando que não consegue equilibrar as contas, a não ser com o aumento de imposto”, concluiu.
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