Deputados bolsonaristas temem que projeto de anistia seja enterrado após explosões
14 novembro 2024 às 11h02
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Deputados bolsonaristas temem que as explosões na Praça dos Três Poderes, ocorridas na noite de quarta-feira, 13, possam prejudicar o andamento do projeto de lei da anistia. Os parlamentares discutiram o caso por meio de WhatsApp e o deputado federal goiano Gustavo Gayer (PL) compartilhou uma imagem do suspeito, que seria um ex-candidato a vereador pelo PL. Gayer comentou: “Parece que foi ele mesmo. Agora vão enterrar a anistia.”
As informações foram reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso a 2 grupos de WhatsApp que reúne deputados da oposição. Logo após tomarem conhecimento dos fatos, ministros do STF entraram em contato com os principais líderes da Câmara dos Deputados e enviaram mensagens com o seguinte teor: “Não permitiremos que se ouse debater a anistia depois disso”.
Essa parece ser a linha de pensamento de especialistas em política, que acreditam que o incidente pode enfraquecer a estratégia dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua tentativa de buscar anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o proprietário do carro que causou uma das explosões na Praça dos Três Poderes, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi filiado ao PL. O homem, que usava o nome político de Tiü França, tentou uma vaga na Câmara de Vereadores da cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, nas eleições de 2020, mas foi derrotado.
Francisco Wanderley Luiz também fez ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio das redes sociais, utilizando bombas. Em uma postagem, ele escreveu: “Cuidado ao abrirem gavetas no dia 13; o jogo acaba no dia 16”, finalizando com uma “boa sorte”.
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