Delegado Waldir: “Pedido foi aceito porque há base jurídica”
03 dezembro 2015 às 17h37

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Tucano diz que solicitação de juristas é válida, mas discorda da forma como o presidente Eduardo Cunha confirmou a continuidade do processo na Câmara dos Deputados

Com informações de Sarah Teófilo
O deputado federal Delegado Waldir (PSDB) afirmou ao Jornal Opção nesta quinta feira (3) que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), só optou pela continuidade na análise do processo de impeachment da presidente Dilma Rousse (PT) por haver fortes fundamentos jurídicos.
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“Há forte embasamento. Mas no meu ponto de vista ele tentou chantagear a presidente e os deputados petistas, considerando que teme por sua cabeça”, metaforiza o tucano, referindo-se à cassação do mandato do peemedebista, que tramita na Comissão de Ética da Casa.
O pedido de impeachment protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal tem como base as chamadas pedaladas fiscais, supostamente cometidas no último ano do governo da petista.
“Não é um ato anormal. Já foi proposto contra outros presidentes. Mas a bancada do PSDB só não pensava que seria aceito por barganha”, pontuou. E continua: “O que me preocupa é usar o pedido como chantagem.”
Na opinião do parlamentar goiano, Cunha vai continuar negociando com o PT e a presidente. Waldir calcula ainda que o presidente tem em plenário mais de 150 votos. “Todos sabem: ele ajudou na campanha de mais de cem parlamentares, com R$ 1 milhão para cada. E mantém excelente relacionamento com a bancada evangélica. A base de apoio é muito grande.”
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