Delegado suspeito de desviar R$ 2,2 milhões da educação em Rio Verde ficará em cela especial

22 agosto 2025 às 18h33

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O delegado da Polícia Civil Dannilo Ribeiro Proto, preso na quinta-feira, 21, durante operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e do Gaeco Sul, ficará em cela especial na Casa de Prisão Provisória (CPP). A decisão foi determinada nesta sexta-feira, 22, pela juíza Lívia Vaz da Silva, que manteve a prisão do investigado, suspeito de liderar um esquema de desvio de recursos da educação em Rio Verde.
Segundo a magistrada, a medida se justifica para resguardar a integridade física do custodiado, considerando sua profissão, além de depressão e hipertensão, que exigem acompanhamento médico e administração de medicamentos.
Proto e sua esposa, Karen de Souza Santos Proto, ex-coordenadora Regional de Educação de Rio Verde, são sócios do Instituto Delta Proto (IDP). O MP-GO aponta que a empresa teria sido favorecida em contratos de reforma de escolas, impressão de material didático e até na realização de concurso público da Câmara Municipal de Rio Verde.
Desde 2020, pelo menos 40 contratos sem licitação teriam sido fraudados para beneficiar o IDP, totalizando mais de R$ 2,2 milhões desviados dos cofres públicos.
Durante a audiência de custódia, a defesa do delegado pediu substituição da prisão por medidas alternativas, alegando que ele não representaria risco à sociedade. O pedido foi negado pelo juiz, que citou a gravidade dos crimes e o envolvimento de servidores públicos.
A ação do MP-GO e do Gaeco Sul incluiu 17 mandados de busca e apreensão em Rio Verde e Goiânia, além do bloqueio de contas e apreensão de bens dos investigados, buscando ressarcir os cofres públicos.
Em nota, a Polícia Civil informou que continua colaborando com as investigações e que a Corregedoria acompanha eventuais irregularidades de servidores envolvidos. Novas diligências ainda podem ocorrer à medida que a investigação avança.