Defesa de Jayme Rincón sustenta que a Operação Cash Delivery tem cunho eleitoreiro

05 outubro 2018 às 20h02
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Ex-secretário da Agetop teve habeas corpus concedido na noite desta sexta-feira (5/10)
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A Defesa do ex-presidente da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop), Jayme Rincon, constituída especialmente para o habeas corpus – concedido na noite desta sexta-feira (5/10) – desde o início da deflagração da Operação Cash Delivery sustenta que a operação tem cunho eleitoreiro. Confira a nota, na íntegra:
“A prova disto [cunho eleitoreiro] é que uma delação já há muito conhecida, a da Odebrecht, que aponta pagamentos de caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014, foi o fundamento das prisões. É evidente a falta de contemporaneidade que possa justificar uma medida tão grave como a supressão da liberdade. Ninguém esta acima da lei, e a Defesa não tem nenhuma preocupação com a investigação.
Mas o uso abusivo da prisão em um momento pre eleitoral é extremamente grave e tende a desestabilizar o necessário equilíbrio nas eleições.
A decisão do TRF começa a resgatar a verdade e a devolver ao eleitor de Goiás a autonomia para decidir o seu destino.
Desde o início, a Defesa afirmou que a prisão era injusta, extemporânea e ilegal. A espetacularização do processo penal não serve para o Estado Democrático de Direito.”
Operação
A Operação Cash Delivery apreendeu mais de R$ 1 milhão na última sexta-feira (28/9) e investiga recebimento de propina de R$ 12 milhões durante as duas últimas gestões de Marconi Perillo (PSDB), no governo estadual, em troca de favorecer empreiteiras em contratos.
A corporação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-governador e, ao todo, 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis, Aruanã, Campinas (SP) e São Paulo (SP).
As investigações conduzidas pela Polícia Federal validaram o conteúdo das colaborações premiadas de executivos da Odebrecht realizadas junto à Procuradoria-Geral da República.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.