O advogado do réu delator Mauro Cid, Jair Alves Pereira, afirmou, durante o julgamento do chamado “núcleo crucial” da ação penal que julga um plano de golpe que seu cliente não “foi coagido” durante o processo. “Eu posso não concordar com o relatório e com o indiciamento do delegado, e de fato não concordo. Agora, nem por isso eu posso dizer que ele coagiu o meu cliente ou que ele cometeu uma ilegalidade”, afirmou.

“Não concordo com o pedido de prisão do ministro. Mas, não posso, por isso, dizer que ele me coagiu”, disse.

De acordo com Jair, a atuação da Polícia Federal (PF) foi “ética e profissional”. “Eles nunca falaram com o Mauro Cid sem a presença da defesa”, afirmou.

O defensor começou a sustentação da defesa destacando o currículo de Cid. Ele afirmou que o militar serviu na brigada paraquedista de operações militares e foi “condecorado com mais de 15 medalhas de honra”.

“Eu preciso apresentar o Mauro Cid a todos, porque até então ele é apresentado como o colaborador, o delator, o ajudante de ordens do presidente da República. Mas, na verdade, o Mauro Cid é um tenente-coronel com mais de 30 anos de Exército”, afirmou Pereira.

O julgamento foi retomado por volta das 14h15, com defesas dos réus. Os advogados de Cid foram os primeiros a fazer a sustentação aos ministros.

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