Defensor do tiro esportivo, Ismael Alexandrino ganha apoio de ministro de Lula na pauta

25 outubro 2023 às 15h41

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O deputado federal, Ismael Alexandrino (PSD-GO), promoveu, na última terça-feira, 24, uma audiência pública para discutir aprimoramentos na legislação referente à prática do tiro esportivo no Brasil.
Realizada pela Comissão do Esporte nesta terça-feira, 24, às 10h, no plenário 4 da Câmara dos Deputados, a pauta ganhou apoio do ministro do Esporte, André Fufuca, apesar da resistência declarada de outros membros do Governo Lula, como os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio.
Deputados que defendem o tiro esportivo argumentam que Dino e Múcio confundem a prática esportiva com o simples porte de armas. Os ministros da Justiça e da Defesa têm envolvimento no assunto devido à responsabilidade de suas respectivas pastas na regulamentação do tiro esportivo no Brasil.
De acordo com membros da subcomissão de tiro esportivo da Câmara, vinculada à Comissão de Esporte, Fufuca é favorável a essa modalidade e compreende que a prática merece proteção governamental.
O ministro designou Marcos Boccatto, diretor de Esportes de Base de Alto Desempenho do ministério, para participar da audiência de terça, presidida por Alexandrino. Segundo o deputado DR. Luizinho, líder do Progressistas na Câmara e do mesmo partido que o ministro Fufuca, a atividade tem sido alvo constante da discussão ideológica entre direita e esquerda.
“Nosso país precisa passar dessa fase de preconceito de coisas colocadas como se fossem dogmas temáticos, ou de direita, ou de esquerda, e passar para atividades que são muito importantes. Convivo com algumas pessoas que atuam na prática do tiro no dia a dia, tenho certeza absoluta que esse grupo de trabalho vai poder ajudar muito o ministro Fufuca”, afirmou.
Medalha para o Brasil
O deputado Ismael Alexandrino lembra que a primeira medalha de ouro olímpica para o Brasil foi conquista no tiro esportivo. Na ocasião, Guilherme Paraense ganhou na prova de pistola rápida 30m, nos Jogos Olímpicos Antuérpia, na Bélgica, em 1920.
“Temos milhões de praticantes no Brasil todo e necessitamos de um arcabouço legal que dê estabilidade e segurança jurídica a todos os praticantes. Que os insumos possam ser adquiridos, que os equipamentos possam ser adquiridos. As pessoas que têm o prazer, ou até tem o tiro esportivo como profissão, possam praticá-lo de forma tranquila”, destacou.
Já Dr. Luizinho disse ter “a certeza que [o tiro esportivo] ainda vai trazer muitos frutos no esporte olímpico e no esporte nacional como um todo”. “Cria amizade entre as pessoas, vejo as pessoas que praticam o tiro esportivo como pessoas mais leves e agradáveis, mais tranquilas”, finalizou.
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