Deputado federal defende que partido deve dar sustentação ao governo e que ida de Michel Temer para articulação política acabou com divergências

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Daniel Vilela: PMDB cumpre compromissos com o governo do PT | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Estreante na Câmara Federal, o deputado Daniel Vilela (PMDB) defende que seu partido não deve trabalhar contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao Jornal Opção Online, na capital federal, o goiano afirma que, com a ida do vice Michel Temer para a articulação política, o PMDB passou a ser, mais do que nunca, “cúmplice do PT”: “Seja para coisa positiva, ou negativa”.

Para Daniel, a escolha do presidente peemedebista quase que “obrigou” a legenda a entrar “de corpo e alma” no governo. “Nós da bancada temos a responsabilidade de ser cúmplices de um projeto positivo, tentando ajudar o governo a recuperar as condições do País. Inclusive, políticas”, sustenta.

Questionado sobre os posicionamentos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — tido como desafeto de Dilma –, o goiano prefere não entrar no assunto, restringindo-se a dizer que não considera que o Planalto venha sendo “derrotado” na Câmara — como nas votações das MPs 665 e 667, realizadas na última semana.

O deputado goiano diz, ainda, que a bancada peemedebista tem cumprido com seus compromissos. “Nas duas votações tivemos 53 votos do total de 67 deputados, sendo que alguns estavam ausentes, o que prova nossa fidelidade” e completa: “O PT não foi derrotado… O texto principal foi aprovado com margem bem maior do que as Medidas Provisórias. O que dizem ter sido derrotas são as emendas que não existiam dentro do projeto original. De qualquer forma, eu acho que essa discussão não deveria estar acontecendo agora. Estamos em um momento de ajuste fiscal, crise financeira”.

Segundo mais bem votado no Estado nas eleições de 2014, Daniel avalia que a atual situação econômica do País é passageira e confia no ajuste fiscal, o qual marcará “um novo momento, que dará tranquilidade para a retomada de investimentos”.

Quando o assunto é a relação PMDB-PT — tanto no âmbito federal, quanto no estadual e municipal –, Daniel afirma que defende, acima de tudo, o Brasil e Goiás. “Mas é lógico que é preciso discutir as causas que levaram a esse momento de dificuldade e crises, que são muitas”, reconhece.