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Presidente da Câmara falou em ação orquestrada contra seu partido e sugeriu que governo está por trás dos mandados 

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Eduardo Cunha deixa sua residência oficial após busca e apreensão da PF | Foto: Marcelo Camargo/ABr

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não acordou em seu melhor dia nesta terça-feira (15/12). Após receber, às 6 horas, agentes da Polícia Federal em sua residência oficial (e também em sua casa, na Barra da Tijuca, e em seu escritório político no Centro da capital fluminense), o peemedebista assistiu ao Conselho de Ética aprovar a continuidade do processo que pede sua cassassão.

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Mesmo assim, as más notícias não foram suficientes para desanimar o deputado. Em entrevista coletiva no Salão Verde, Cunha manteve o bom humor (e ironia) de sempre. Garantiu que não há a menor hipótese de “renunciar” e tem plena consciência de que é “absolutamente inocente”.

Sobre a operação que fez buscas e apreendeu documentos de peemedebistas, como ele próprio, o senador Edson Lobão e dois ministros, Cunha sugeriu uma ação “contra o PMDB”. “É estranho. No dia da reunião do Conselho de Ética, após o acolhimento do processo de impeachment, deflagram uma operação estranha, inquérito de quatro meses atrás”, argumentou.

O presidente aproveitou para alfinetar o PT da presidente Dilma Rousseff que foi, segundo ele, o responsável pelo “assalto” ao Brasil e à Petrobras. “O povo é inteligente. Tem alguma coisa estranha no ar. Estranho o contexto, o dia e o objetivo dessa operação. Ninguém do PT está sujeito a essas investigações. Só aqueles que não são do PT”, completou.

Eduardo Cunha anunciou, ainda, que irá entrar com recursos contra a sessão que aprovou o parecer do relator de seu processo de cassação: “Sessão de hoje é nula, todos sabem disso”.