Os profissionais que não podem trabalhar de home office, ou seja, precisam estar presentes no local de trabalho respondem pela maior parte dos desligamentos do emprego por morte

Imagem: Carlos Madeiro/UOL

Nos primeiros 4 meses desse ano, houve um aumento de 89% nos registros de fim do vínculo empregatício pelo falecimento do empregado, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Os serviços que tiveram maior índice de morte nessa pesquisa, foram os de motoristas de caminhão, faxineiros e vendedores. O aumento seria em decorrência da Covid-19.

A pesquisa apontou que em apenas 4 meses de 2021, houveram 35.125 casos de desligamento do trabalho formal por causa de falecimento. Esse total equivale a 66,56% dos desligamentos por mortes registrados em todo o ano de 2019 e a 55,16% do ano 2020.

Outra pesquisa feita pelo Projeto Humanize, descobriu outro dado preocupante: apenas 37,1% dos trabalhadores tem seguro e plano funeral como benefício na empresa em que trabalham. Isso mostra como ainda hoje as empresas não sabem como apoiar a família de seus empregados que vieram a óbito. Com a pandemia, essa má administração ficou mais evidente.