Amilton Gomes é fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), e teria exercido papel fundamental em uma negociação paralela para compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca

Reverendo Amilton Gomes de Paula | Foto: Facebook/Senah/Reprodução

Após duas semanas de recesso parlamentar, a CPI da Covid retoma as atividades no Senado Federal nesta terça-feira, 3. Com isso, a Comissão de Inquérito entra em sua segunda etapa que visa apurar as negociações de vacinas envolvendo intermediários sem o aval de fabricantes estrangeiros. Hoje, depõe o reverendo Amilton Gomes. Ele teria exercido papel fundamental em uma negociação paralela para compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

O reverendo é fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), uma associação evangélica privada. A ida a CPI atende ao requerimento apresentado pelo vice-presidente daa Comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Gomes entrou na mira dos senadores após ter sido apontado pelo PM Luiz Paulo Dominguetti como intermediador entre o governo federal e as empresas que ofereciam vacinas à pasta. Dominguetti disse à CPI que procurou o Ministério da Saúde para oferecer as 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e que o ex-diretor de logística da pasta Roberto Ferreira Dias teria exigido US$ 1 de propina para cada dose de vacina negociada. Após o encontro, Dominguetti teria procurado a Senah para ajudar a viabilizar o negócio com a pasta.

O depoimento do reverendo estava previsto para 14 de julho, mas ele pediu adiamento por questões de saúde.

*Com informações do O Globo