Suindara Coelho estava desaparecida desde sábado (26/4)
O corpo da jornalista e atriz Suindara Alexandre Coelho, de 36 anos, está sendo velado nesta segunda-feira (28/4) no Complexo Vale do Cerrado, em Goiânia, até as 17h, para em seguida ser cremado. A mulher foi encontrada já sem vida em um hotel na capital na tarde do último domingo (27/4). Ela estava desaparecida desde a manhã de sábado (26/4), quando saiu de casa enquanto sua mãe, de 63 anos, foi à farmácia.
Segundo os familiares, Suindara sofria de depressão. Ela deixou uma carta de despedida para a família e enviou uma mensagem para a mãe ainda no sábado, tendo sido este seu último contato. A mãe de Suindara tentou registrar o desaparecimento, mas foi informada que deveria esperar o período de 24h. A empresa de táxi que Suindara utilizou para chegar ao hotel afirmou que não poderia conceder nenhuma informação sem boletim de ocorrência. Foi então que parentes e amigos se mobilizaram para buscar informações do paradeiro de Suindara, ligando em hotéis e em outros locais perguntando sobre a atriz.
Suindara Alexandre trabalhou no Diário da Manhã em 2011, mas estava de licença médica para tratar da depressão.
O
caso de Suindara Alexandre Coelho me faz pensar quando o preconceito
quanto as pessoas que apresentam este tipo de problema irá diminuir. Fui
diagnosticado com bipolaridade, mas ninguém levanta os motivos que
levaram ao desenvolvimento da doença. As pessoas parecem agir como se
fossemos a uma prateleira e escolhessemos uma determinada enfermidade,
como se fosse voluntário nosso comportamento.
São
doenças de difícil diagnóstico, às vezes, frequentemente médicos
diferentes apresentam diagnósticos também diferentes. Pior, além disso
são de difícil tratamento e nem todos, apesar de ostentarem seus títulos
de filiados a sociedade brasileira de psiquiatria, ou ao CRP, estão
capacitados para o tratamento. Apesar de prontamente cobrar para
fazê-lo.
Falo
isso como paciente que levou 23 anos desde uma manifestação inicial da
doença e o seu correto tratamento. Só para o diagnóstico “correto” foram
20 anos, mais 3 para o tratamento adequado.
Somos
questionados: você não procurou ajuda, você não manteve o tratamento?
Parece que o único que tem obrigações é o paciente. Afinal aqueles que
lhe aplicam os tratamentos estão protegidos pelo direito discricionário,
como me alertou um advogado.
Já
fui chamado do psicopata, demitido da Embrapa Amapá, ameaçado de
prisão, internação, etc. Tratado como pessoa indesejável, ao qual
deveria ser aplicada alguma solução. Isso eu sendo concursado e regido
pela lei 8.112.
Hoje
vivo em Goiás, meu estado natal, mas como no Amapá não havia condições
para tratamento e por eu ter sido qualificado como indesejável pela Sup.
Federal de Agricultura do Amapá, estou privado do convivio familiar com
minha esposa e filhas, pois minha esposa é servidora do governo do
Amapá e não pode ser “transferida” para Goiás.
Daqui a pouco eles vão pedir meu voto de novo. Como se diz nas redes sociais: kkkkkkkkkk
Márcio Costa Rodrigues
Importante o seu depoimento, Márcio. Mantenha a força. Imagino como seja difícil conviver com o problema.