Corpo de Caçulinha é velado na Zona Oeste de São Paulo
05 agosto 2024 às 15h58
COMPARTILHAR
Na manhã desta segunda-feira, 5, o corpo do músico e compositor Rubens Antônio da Silva, amplamente conhecido como Caçulinha, está sendo velado na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista. O sepultamento ocorrerá às 16h no mesmo local.
Caçulinha faleceu aos 86 anos, após cerca de dez dias internado no Hospital Sancta Maggiore, onde se recuperava de um infarto. Ele tornou-se um ícone nacional graças às suas participações no programa “Domingão do Faustão”, onde foi responsável pela trilha sonora ao vivo por mais de duas décadas. Ele também liderou a banda que abria e fechava os intervalos do programa “Sai de Baixo”.
Nascido em São Paulo em 1938, Caçulinha cresceu em uma família profundamente musical. Seu pai, Mariano de Silva, foi um destacado compositor sertanejo, especialmente popular no interior de São Paulo, como em Piracicaba. Mariano, junto com seu irmão, formou a primeira dupla sertaneja a gravar um disco no Brasil, em 1929.
Talento e legado
Caçulinha herdou não apenas o talento musical, mas também o nome artístico de seu tio. Aos 8 anos, já demonstrava ser um prodígio no acordeão, exibindo uma habilidade rara conhecida como ouvido absoluto, o que lhe permitia identificar ou recriar qualquer nota musical sem uma referência tonal.
Segundo relatos familiares, ele conseguia reproduzir na sanfona qualquer música que seu pai e tio cantarolavam. Aos 20 anos, Caçulinha dominava vários instrumentos, incluindo piano, violão, acordeão e escaleta, e se apresentava em boates da noite paulistana.
Durante os anos dourados da música brasileira, acompanhou grandes artistas como Elis Regina, Jair Rodrigues, Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, João Gilberto, Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Milton Nascimento.
Antes de sua longa parceria com Faustão, Caçulinha participou de diversos programas de TV como “Essa Noite se Improvisa”, “Raul Gil”, “Ratinho”, “Os Trapalhões”, “Balão Mágico”, “Clube do Bolinha”, “Almoço com as Estrelas”, “Perdidos na Noite” e “A Praça é Nossa”.
Ao longo de sua carreira, Caçulinha gravou 31 discos de vinil. O mais recente foi lançado em novembro de 2019, em comemoração aos seus 60 anos de carreira na música e televisão brasileira.
Leia também: