Consórcio Brasil Central vai agora definir e viabilizar projetos
15 novembro 2015 às 09h51
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Com escolha unânime de Marconi para a presidência do consórcio, trabalho agora será para definir ações prioritárias. Thiago Peixoto estará à frente do processo
Confirmada a escolha unânime do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) para a presidência do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, as equipes técnicas das seis unidades da federação que compõem o Movimento Brasil Central (MBrC) agora vão definir os primeiros projetos que devem ser executados. A tendência é que em janeiro de 2016 as coisas já estejam bem encaminhadas do ponto de vista executivo.
“Vamos definir as primeiras ações estratégicas. Temos uma ideia geral das aspirações de cada governo, pois temos conversado desde julho. Mas queremos partir para a viabilização de projetos”, explica Thiago Peixoto (PSD), secretário de Gestão e Planejamento de Goiás e representante do Estado no conselho de administração do consórcio.
O deputado federal licenciado salienta que um ponto comum entre as demandas de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia é a infraestrutura.
“Como a região tem fortes características agroindustriais, isso demanda um esforço na área logística. Vamos pegar todos os planos interestaduais de cada Estado, ou seja, aqueles que prevejam interesse de mais de uma das UFs, e fazer uma seleção. Depois disso partiremos para a definição daqueles que serão executados primeiro. As decisões serão tomadas de forma coletiva”, salienta Thiago Peixoto.
O pessedista se mostra muito animado, tanto com os resultados alcançados até agora, quanto com o futuro.
“Estamos construindo um caminho muito interessante aqui no Brasil Central. É um novo modo de fazer política regional. Os governadores retomam seu protagonismo e independência. Os Estados terão mais autonomia e cobrarão mais espaço na destinação de recursos dos fundos constitucionais. Além disso, também será possível desenvolver projetos de parceria junto à iniciativa privada”, reforça.
Aprovação
O estatuto do consórcio foi aprovado, na reunião de Brasília, pelos governadores Marconi, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Pedro Taques (PSDB-MT), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Confúcio Moura (PMDB-RO). Ele define as regras e procedimentos gerais do Consórcio Brasil Central. O presidente, por exemplo, terá mandato de um ano, prorrogável por mais um.
O mandato do presidente se inicia em 1° de janeiro, ainda que Marconi Perillo possa tomar medidas logo de imediato, como a organização da estrutura administrativa do consórcio. Cada Estado integralizará a cota inicial anual de R$ 1,9 milhão. “Esses recursos serão basicamente para custeio, manutenção e elaboração dos primeiros projetos”, esclarece Marconi.
O consórcio prevê um modelo de cooperação entre as seis unidades da federação. A ideia é construir uma agenda de desenvolvimento com base em ações em vários eixos estratégicos que interessem a todos as UFs em bloco. O consórcio prevê atuação em seis grandes programas e áreas: agropecuária; industrialização; inovação, ciência e tecnologia; empreendedorismo; educação; meio ambiente; infraestrutura e logística; e turismo.
Nascido em Goiás
O Movimento Brasil Central (MBrC) é um bloco de cooperação político e econômico criado em Goiânia em julho deste ano com a presença dos governadores de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia. A primeira conversa sobre a ideia de articular um trabalho de desenvolvimento regional a partir da região central do Brasil ocorreu em novembro do ano passado em Harvard, nos Estados Unidos, entre Thiago Peixoto e o professor Mangabeira Unger, titular da universidade.
O assunto voltou à pauta em junho de 2015, durante um evento do Governo de Goiás, em Goiânia, com a presença de Mangabeira. Na oportunidade, já ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, ele provocou o governador Marconi Perillo a liderar a construção de uma agenda de desenvolvimento regional.
Desde então, o bloco foi criado e já ocorreram reuniões do Fórum dos Governadores do Brasil Central em Goiânia (julho), Cuiabá (agosto), Palmas (setembro), Campo Grande (outubro) e Brasília, agora em novembro, e mais uma programada para Porto Velho (RO), em dezembro.
Desde o início do processo, se destacam no bloco as figuras do governador Marconi Perillo, principal articulador político, e do secretário Thiago Peixoto, principal nome do ponto de vista técnico e executivo do grupo.