A qualidade e os padrões do sono podem ser indicadores importantes de condições crônicas, como apneia do sono e diabetes. Um estudo recente, publicado na revista npj Digital Medicine, revelou cinco diferentes tipos de sono, destacando a importância de entender esses padrões detalhadamente.

A pesquisa analisou dados de 5 milhões de noites de sono de aproximadamente 33 mil pessoas, utilizando o Oura Ring – um anel inteligente que monitora o sono, temperatura da pele e outras métricas. Com base nos dados, foram identificados cinco principais tipos de sono, chamados de fenótipos do sono, que se subdividem em 13 subtipos.

  1. Fenótipo 1:
    • Características: Sono ininterrupto de cerca de oito horas, pelo menos seis dias consecutivos.
    • Prevalência: Tipo de sono mais comum e recomendado pelos pesquisadores.
  2. Fenótipo 2:
    • Características: Sono contínuo em metade das noites, intercalado por períodos curtos de sono (menos de três horas) na outra metade.
  3. Fenótipo 3:
    • Características: Sono principalmente contínuo, mas com uma noite interrompida por semana, incluindo um período longo de sono (cerca de cinco horas) seguido por um período curto (menos de três horas).
  4. Fenótipo 4:
    • Características: Sono contínuo com raras noites onde longos períodos de sono são interrompidos por despertares no meio da noite.
  5. Fenótipo 5:
    • Características: Períodos muito curtos de sono todas as noites, representando um sono extremamente perturbado e raro.

Impacto

Os pesquisadores sugerem que a maneira e a frequência com que uma pessoa alterna entre esses fenótipos podem fornecer de duas a dez vezes mais informações relevantes para a detecção de doenças.

“Descobrimos que as pequenas diferenças na forma como ocorrem as perturbações do sono podem nos dizer muito. Mesmo que estes casos sejam raros, a sua frequência também é reveladora. Portanto, não é apenas se você dorme bem ou não – são os padrões de sono ao longo do tempo onde as principais informações estão escondidas”, afirma Edward Wang, coautor e membro do corpo docente de engenharia elétrica e de computação da UC San Diego, nos EUA, em comunicado.

Além disso, embora os participantes tendessem a não permanecer nos padrões de sono interrompido, a frequência de padrões específicos de perturbação já apresentava sinais de possíveis condições de saúde.

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