Posts fazem alusão à tradicional brincadeira para mandar “indiretas” a homens com atitudes machistas, inclusive os que teoricamente defendem o feminismo

Deputada criticou colegas da Câmara dos Deputados no Facebook | Foto: Reprodução Facebook
Deputada criticou colegas da Câmara dos Deputados no Facebook | Foto: Reprodução Facebook

Sarah Teófilo e Bruna Aidar

Com o debate acerca da liberdade feminina em alta e aproveitando o Dia de Luta Mundial Contra a Violência Contra as Mulheres, neste 25 de novembro, mais uma campanha feminista tomou conta das redes sociais nos últimos dias. Por meio da hashtag “Meu Amigo Secreto”, mulheres denunciam homens que ajudam a disseminar o machismo velado.

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O movimento usa a brincadeira Amigo Oculto, de troca de presentes, comum nas festas de fim de ano. Foi criada uma comunidade no Facebook com o mesmo nome, onde é postado depoimento de outras mulheres sobre seus “amigos secretos”.

Desde terça-feira (24), várias mulheres se juntaram à “brincadeira” e compartilharam as contradições de homens que se dizem defensores do feminismo mas tomam diversas atitudes machistas.

A ex-presidenciável Luciana Genro (Psol), por exemplo, criticou quem acha que violência doméstica é um mero desentendimento entre marido e mulher: “O #meuamigosecreto acha que ’em briga de marido e mulher não se mete a colher’!”.

Outra política a se manifestar foi a deputada Margarida Salomão (PT-MG), cujas “indiretas” se dirigiram ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). e ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

#meuamigosecreto‬ é autor de um projeto que restringe o atendimento as mulheres vítimas de violência sexual e criminaliza os profissionais de saúde que oferecem ajuda e informações para elas, um retrocesso gigante na luta pelos direitos das mulheres”, publicou ela em sua página no Facebook.

Um pouco depois, acrescentou: “‪#‎meuamigosecreto afirmou, no Congresso Nacional, que se uma parlamentar não fosse feia ele até a ‘estupraria’. Apesar de ter sido obrigado a pagar indenização por danos morais pela agressão, ele continua disseminando o ódio em seus discursos e ainda é um dos deputados mais votados do país”.

“Primeiro Assédio”

Recentemente, houve outra mobilização nas redes com a hashtag “Primeiro Assédio”, em que as mulheres contaram histórias de abusos sofridas ainda ainda na infância. O coletivo feminista Think Olga lançou a ideia e várias pessoas nas redes sociais entraram no movimento, que ficou entre os mais comentados do Twitter.

Confira as definições dos “amigos secretos” das mulheres que participam da campanha:

https://twitter.com/giovannabolacha/status/669509503147220992

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meuamigosecreto