Com artistas goianos, Comissão de Cultura debate grafite e arte de rua
08 maio 2017 às 12h51
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Câmara dos Deputados resgata tema que virou polêmica após ação do prefeito de São Paulo, João Doria, que apagou murais da avenida 23 de maio, na capital paulista
A Comissão de Cultura da Câmara Federal debate, nesta quarta-feira (10/5), a importância da arte urbana como movimento de expressão artística. A reunião, organizada pelo presidente, deputado Thiago Peixoto (PSD-GO), contará com artistas de renome, incluindo goianos.
“A arte urbana se utiliza de vários meios como a pintura, esculturas ou instalações e não está atrelada a nenhum padrão estético especifico”, explica.
No entanto, para o parlamentar, qualquer que seja a forma adotada, hoje, no Brasil, a arte urbana ainda é considerada “marginal”, mesmo que presente nos grandes centros metropolitanos e nas mais diversas cidades.
O goiano lembra que, recentemente, o país vivenciou um grande debate acerca do tema por causa da decisão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), de apagar um mural de grafites da avenida 23 de Maio, um dos mais tradicionais da capital paulista.
Apesar de convidado, Doria não deve participar da audiência pública. O secretário de Cultura da capital paulista, André Sturm, também não respondeu o convite ainda.
Inclusão social
Thiago Peixoto quer discutir também o papel da inclusão social da arte de rua. O estilo, segundo o parlamentar, estimula a criatividade de comunidades que, em geral, não têm acesso aos meios de expressões artísticas tradicionais.
“A maioria, marginalizada, têm na arte urbana sua forma de transmitir ideias, conceito ou mensagem política, ou apenas para criar arte e beleza”, completou.
Entre os participantes da audiência estão os artistas goianos Carioca, curador do Beco do Codorna, espaço de arte urbana a céu aberto em Goiânia, e Homero, artista plástico que recentemente promoveu uma intervenção na casa do deputado Thiago Peixoto (PSD-GO).
Debatedores
Além de João Doria, foram convidados para participar do debate:
– o artista Tomaz Viana, conhecido como Toz, responsável pelo maior grafite a céu aberto do Rio, feito na empena do hotel Marina Palace, no Leblon;
– o artista Rui Amaral, que foi um dos curadores dos painéis da 23 de Maio;
– o artista Binho Ribeiro, um dos pioneiros da cultura do grafite na América Latina; e
– o professor da Universidade de Brasília (UnB) Pedro Russi, autor do livros “Paredes que falam: as pichações como comunicações alternativas”.
– Homero, artista plástico, e Carioca, curador do Beco do Codorna