Demóstenes Torres terá que explicar acusações contra Caiado no CNMP
13 maio 2015 às 11h58

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Processo instaurado no MPGO após publicação de acusações contra o senador passa a integrar investigações em curso em âmbito nacional

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu na última terça-feira (12/5) assumir o processo de investigação de conduta instaurado no Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) contra o procurador de Justiça Demóstenes Torres.
O processo foi estabelecido após o ex-senador publicar texto com acusações contra o senador Ronaldo Caiado (DEM) em um jornal da capital.
A reclamação disciplinar tem origem nas insinuações do procurador de Justiça, que teria sugerido que Ronaldo Caiado teve despesas eleitorais de 2002, 2006 e 2010 pagas por Cachoeira.
Sendo assim, a investigação passa a ser responsabilidade do conselheiro Cláudio Portela, relator de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em tramitação no CNMP que também investiga Demóstenes — que terá de explicar o que afirmou no artigo ao órgão nacional.
Segundo Cláudio, o processo do MPGO tem aspectos comuns com aqueles já em curso no conselho. Uma dessas características seria o “elemento-chave Carlos Cachoeira”, referindo-se ao empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos. “Em torno da relação [de Cachoeira] com o procurador de Justiça desenvolveram-se fatos de questionável decoro”, afirmou o relator.
Rodrigo Janot, procurador-geral da República e presidente do CNMP, foi quem apontou a proximidade entre a reclamação instaurada em Goiás e as investigações do Conselho.