Companhia anunciou ainda criação de fundo para manutenção do transporte coletivo, que passa por aumento da taxa de licenciamento de veículos

Foto: Francisco Costa/ Jornal Opção

Após reunião com o prefeito Iris Rezende (MDB) e o governador Ronaldo Caiado (DEM), realizada nesta terça-feria, 13, o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Benjamin Kennedy, falou sobre as medidas a serem adotadas na busca por melhoria do transporte coletivo da região metropolitana.

Os anúncios dessa terça confirmaram algumas sinalizações. Além de reestruturar o plano de privatização da Metrobus, previsto para estar sob domínio de uma nova empresa no início do segundo semestre de 2020, a CMTC acordou junto ao executivo estadual e municipal incremento no fundo do transporte coletivo, por meio de receitas extra tarifárias.

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De acordo com o presidente, uma das possibilidades é aumento na taxa anual de licenciamento, que passaria dos atuais R$ 193 para cerca de R$ 250. A proposta, segundo Kennedy, vem amparada ao Plano Nacional de Mobilidade, aprovado por lei em 2012, que em um dos artigos estabelece taxação de veículos individuais para manutenção do transporte coletivo.

Para efetivar a medida, um projeto de lei precisa ainda ser aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás. De acordo com o presidente, a questão será definida em 30 dias quando o projeto deve ser enviado à Casa de Leis.

“Desde o final do ano passado a CMTC está realizando um estudo para apresentar um novo paradigma sobre o transporte coletivo. Fazendo a mesma coisa sempre, jamais conseguiremos resultados diferentes e por isso criamos a proposta do fundo”, defendeu o presidente.

Ainda segundo o presidente, o fundo será usado para custear as gratuidades, que incluem idosos e deficientes, por exemplo. Além disso, o fundo será usado para desonerar a tarifa do transporte público.

Privatização

Sobre a privatização do Eixo, questão debatida e defendida publicamente pelo governador e pelo prefeito, Benjamin informou que a Companhia apresentou aos dois líderes proposta que passa pela devolução da concessão da Metrobus à CMTC. Após isto, será aberta licitação.

“Quando o Governo passar, vamos fazer revisão do contrato existente, ampliar a data de 2031 para 2039, para tornar mais atraente, além de estabelecer novas condições para a empresa que estiver em domínio das atividades, como obras de terminais, renovação da frota…”, afirmou em entrevista.

Sobre previsão de data, Kennedy prevê que em dois meses o processo de licitação seja aberto e até o meio do ano que vem a nova empresa esteja em atividade.