Docente da UFG argumentou que horário escolhido para a realização do embate não contribuiu para que o expectador compreendesse efetivamente as propostas

Pedro Célio ressaltou o fato de apenas um candidato ter utilizado bem os direitos de resposta | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção/Arquivo
Pedro Célio ressaltou o fato de apenas um candidato ter utilizado bem os direitos de resposta | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção/Arquivo

O debate político entre os cinco dos seis candidatos ao governo estadual exibido na noite de terça-feira (30/9) não cumpriu sua finalidade, que é o de proporcionar conhecimento ao eleitor goiano. Essa foi a impressão do cientista político e professor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) Pedro Célio Alves Borges.

Em entrevista ao Jornal Opção Online nesta quarta-feira (1°/10), o docente afirmou que o horário escolhido para a discussão, às 22h50, não foi adequado. “Tenho minhas dúvidas se foi assistido pelo público. O horário foi muito ruim”, avaliou. Pedro Célio acredita que a realização de apenas um debate na TV durante a campanha eleitoral foi sintomático para o eleitor.

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Isso porque durante os programas de rádio e TV surgiram vários embates entre os candidatos. Todos eles seguidos de réplicas e tréplicas. Já no debate, pontuou o professor, não houve respostas. “Todos retrucaram nos programas. Mas no debate, não.”

No entanto, Pedro Célio ressaltou o fato de apenas Marconi Perillo ter utilizado bem os direitos de resposta. Para o cientista político, o governador e candidato à reeleição foi atingido por todas as munições da oposição. “O Marconi apresentou suas defesas e falou da imprecisão [na fala dos opositores] e de números que seriam falsos, quando se referiram ao tema da segurança pública, por exemplo. E não foi retrucado”, analisou o docente.

Ao todo, foram cinco requisições, sendo que apenas uma foi concedida.

Participaram do debate Antônio Gomide (PT), Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) e Weslei Garcia (PSOL).

O debate

Além da segurança pública, temas como a saúde, o agronegócio, a educação e o funcionalismo público foram abordados. Os governadoriáveis da oposição tentaram, de todo modo, apontar os principais gargalos da atual gestão estadual.

Do outro lado, o tucano, ao mesmo tempo em que tentava se proteger das acusações, fazia o máximo para manter a linha propositiva de campanha, a qual tem defendido ao longo do período eleitoral.