Para a comemoração, uma exposição fotográfica e um Cantata de Natal serão realizadas pelo Governo e Prefeitura de Goiás na cidade histórica

A Exposição fotográfica “Patrimônio e o Tempo: Outras Narrativas” e uma Cantata de Natal serão realizadas nesta terça-feira, 14, e 15 de dezembro no Palácio Conde dos Arcos e no Escritório Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no estado de Goiás (Iphan-GO), respectivamente. A proposta é celebrar os 20 anos do reconhecimento internacional da Cidade de Goiás como Patrimônio Mundial, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A celebração é promovida pelo Governo do Estado de Goiás e Prefeitura de Goiás, em parceria com o Museu da Memória de Goyaz. Para a concepção da mostra, foram selecionadas minuciosamente fotografias históricas, produções técnicas, depoimentos e legislações que irão auxiliar os visitantes a entender como ocorreu a proteção do Patrimônio Cultural de Goiás e sua manutenção até os dias atuais. As informações e acervos coletados para a exposição é um trabalho em conjunto com instituições públicas: Iphan, Museu da Imagem e do Som (MIS/Goiânia), Museu da Memória de Goyaz, além de acervos particulares de moradores e associações.

A programação contará com a abertura da exposição “Patrimônio e o Tempo: Outras Narrativas” nesta terça-feira, 14, no Palácio Conde dos Arcos, às 18h. A exposição fotográfica está com um período de tempo de duração indeterminado. Já na quarta-feira, 15, a Cantata de Natal, do Coral da Secretaria do Estado (Seduc), vai ser no Escritório Técnico do Iphan na Cidade de Goiás, às 19h, que recebeu também uma iluminação decorativa para o Natal. A superintendência do Iphan-GO também irá transferir, neste dia, parte das atividades administrativas para o Escritório Técnico do Instituto na cidade.

Reconhecimento

Para a obtenção do título de Patrimônio Mundial, a Unesco utiliza critérios para avaliar a importância dos sítios históricos, e a cidade de Goiás foi escolhida por dois deles: por testemunhar a maneira como os exploradores de territórios e fundadores de cidades portugueses e brasileiros se adaptam às realidades difíceis de uma região tropical aos modelos urbanos e arquitetônicos. O outro quesito, foi por ser uma cidade exemplo de ocupação do interior do Brasil conforme foi praticado nos séculos de XVIII e XIX, não introduzindo expressivas mudanças.

A cidade de Goiás conservou significativas referências culturais, mantendo um acervo, sobretudo arquitetônico, perfeitamente integrado à paisagem. O reconhecimento busca não apenas catalogar, mas ajudar na identificação, proteção e preservação de bens culturais considerados especialmente valiosos para o mundo. 

Testemunha da ocupação e da colonização do Brasil Central, a cidade de Goiás se desenvolveu entre morros, ao longo do Rio Vermelho.  As suas origens estão intimamente ligadas à história das bandeiras que partiram principalmente de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro. Goiás foi o primeiro núcleo urbano oficialmente reconhecido ao oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas, que definiu originalmente as fronteiras da colônia portuguesa.

O Iphan trabalha desde 1950 para preservar a história da Cidade de Goiás. Inicialmente, com proteções isoladas e posteriormente, em 1978, com o tombamento do conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do Centro Histórico de Goiás. Ao longo de todas essas décadas, o Iphan investiu em obras de restauração e manutenção, fato também retratado na exposição fotográfica.

“O Patrimônio Cultural, seja ele material ou imaterial, é a herança que recebemos do passado. Hoje, vivemos no presente e vamos transmiti-lo às futuras gerações. O patrimônio é fonte insubstituível de vida e inspiração, é o nosso ponto de referência, nossa identidade e história. Viva o Patrimônio Cultural Brasileiro! Parabéns à cidade de Goiás pelos 20 anos de Patrimônio Mundial”, disse o superintendente do Iphan-GO, Allyson Cabral.