Presidente da legenda petista em Goiás descartou envolvimento da cúpula nacional de seu grupo político na briga entre os antigos parceiros após publicação de artigo
O presidente do PT em Goiás, o advogado Ceser Donisete, de Anápolis, classificou nesta quinta-feira (2/2) como insensatos os boatos que tentam responsabilizar sua legenda de estar por trás da briga entre os ex-aliados Ronaldo Caiado (DEM), senador, e Demóstenes Torres, procurador de Justiça.
Após os mútuos ataques publicados na imprensa local na última terça-feira (31/3), surgiram rumores de que as provocações se justificariam pela tentativa de atrapalhar um voo nacional de Caiado, em 2018. Além do fato de retardar a atuação de uma das principais figuras de oposição ao governo federal.
“Imagina se a gente tivesse o poder de controlar os dois? É um absurdo! Só na Semana Santa mesmo para dizerem isso”, ironizou Ceser. O dirigente apontou que o PMDB e o PSDB gastaram altos valores nas campanhas das últimas eleições. “Mas quando se trata do PT, é propina, é ilegal”, reclamou, criticando a tese de que tudo que vem da legenda tem origem errada.
Sublinhando que os petistas têm um afastamento político histórico com os dois nomes graúdos, o presidente acredita que Caiado e Demóstenes devem estar certos em suas declarações. “Pois se conhecem muito bem, eram amigos. Um lançou o outro na política e tinham relação próxima”, relatou.
Vaga no Senado
A preocupação maior, segundo Ceser, está na futura apuração das acusações, de modo que a representatividade de Goiás no Senado Federal não seja prejudicada. “Não pode sofrer interferência a partir disso. Mas registro que não queremos entrar na briga pela vaga. Afinal, ficamos em terceiro lugar nas eleições, com a Marina Sant’Anna. Reconhecemos a derrota”, pontuou.
Em artigo publicado na imprensa, Demóstenes, ex-senador, insinuou que Caiado perderá o mandato em pouco tempo. Tanto por supostamente ter sido bancado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em campanhas passadas, quanto por manter amizade com o contraventor.
A vontade de Ceser, conforme disse, é a de que o Ministério Público de Goiás (MPGO) e outras instâncias possam apurar as acusações e esclarecer os fatos. “Não queremos pré-julgar ninguém, como sempre fazem conosco”, resumiu.
Deixe um comentário