Cerca de 70 autores de violência doméstica se formam de grupos reflexivos em Goiânia
25 janeiro 2018 às 19h50
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Encontros semanais em várias cidades do Estado têm como objetivo diminuir a reincidência de casos em que mulheres são agredidas por homens dentro de casa
Mais dois Grupos Reflexivos finalizaram turmas no mês de janeiro, com reuniões mediadas por psicólogos e assistentes sociais voltadas a homens que figuram como réus em processos de violência doméstica. A formatura foi realizada na terça-feira (23/1), com 69 participantes.
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O projeto, que é uma parceria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) com a Secretaria Cidadã, a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e o Conselho da Comunidade na Execução Penal de Aparecida de Goiânia, começou em Goiânia e hoje conta com sete grupos no total, realizados no CAP (Central de Alternativa à Prisão) e no CREI (Centro de Referência Estadual da Igualdade). Além da capital, o projeto se expandiu para cidades como Anápolis, Ipameri Aparecida de Goiânia e Águas Lindas.
O assessor jurídico da Secretaria Cidadã, José Geraldo Veloso Magalhães, que também é coordenador geral dos grupos reflexivos para autores de violência doméstica no Estado de Goiás, diz que em Goiânia, são feitos 14 encontros semanais. “Mais de 350 homens já foram atendidos, com apenas 3 casos de reincidência”, explicou.
Segundo ele, “os grupos reflexivos são um benefício, e não uma penalidade”. “Para todos participantes, o procedimento é o mesmo e, em caso de descumprimento da medida protetiva, o participante pode até ser preso.” Em todos os encontros uma frequência é assinada e os dados encaminhados à Justiça para acompanhamento. Segundo José Geraldo, ali são inseridos homens que se enquadram nas cinco formas de violência citadas na Lei Maria da Penha, como moral, física e psicológica.