CEI do Transporte mal começou e já é alvo de polêmica na Câmara
28 março 2017 às 17h19

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Reunião extra marcada nesta quinta-feira para discutir denúncia de negociata na eleição da presidência da comissão acabou cancelada por falta de quórum

Instalada na última semana, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que vai investigar a situação do transporte coletivo da capital mal iniciou os trabalhos e já está envolta por polêmica envolvendo a eleição para os cargos de presidente e relator.
Acontece que quatro integrantes da comissão estão insatisfeitos com o pleito ocorrido no último dia 23. Alysson Lima (PRB), Emilson Pereira (PTN), Sargento Novandir (PTN) e Paulo Daher (DEM) querem que o presidente eleito da CEI, Clécio Alves (PMDB), comprove a lisura do processo na eleição dele para a presidência e de Anselmo Pereira (PSDB) na relatoria.
A dupla nega qualquer negociata ou irregularidade no processo e recusam diálogo. Estava prevista para ser realizada na tarde desta terça-feira (28/3) uma reunião extra da CEI, justamente para discutir o assunto. Presidente, relator e os vereadores Paulo Daher (DEM), Vinícius Cirqueira (Pros) e Romário Policarpo (PTC) — que completam a CEI –, entretanto, não compareceram.
Para o vereador Alysson Lima, a eleição da CEI do Transporte Coletivo foi cheia de erros e um “processo de cartas marcadas”. “Uma das principais mensagens que a sociedade tem mandado para a classe política é a cobrança de transparência e lisura em todos os processos. E a eleição dos dirigentes desta CEI não teve a menor credibilidade”, defende.
Entenda o caso
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Em sessão na última quinta (23), o vereador Sargento Novandir denunciou as eleições para a presidência da CEI do Transporte Público, na primeira sessão do colegiado. Segundo ele, o vereador Clécio Alves, eleito para a presidência, teria feiro um acordo com Anselmo para que o tucano ficasse com a relatoria.
Segundo Novandir, o primeiro problema é que, até o início da votação, Anselmo nem sequer era candidato. Quando ela começou, no entanto, ele resolveu concorrer, o que, aponta, não poderia ter ocorrido. Em seguida, Clécio se absteve de votar para relator e, desse modo, Novandir foi eleito relator da CEI.
Em seguida, no entanto, Clécio teria conversado com Anselmo, que o informou quem venceria caso ele não votasse. O presidente da CEI voltou atrás na decisão de se abster e, então, optou pelo tucano. Tanto Clécio quanto Anselmo negaram veementemente ter feito qualquer tipo de acordo. O presidente da CEI, inclusive, ameaçou renunciar caso fosse comprovado que houve irregularidade na eleição.