Caso Amélia: Justiça define data para júri popular de réu por matar e estuprar estudante em Aparecida de Goiânia em 2022

28 maio 2025 às 08h34

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Um ano e seis meses depois de raptar, estuprar e matar a estudante Amélia Vitória, de 14 anos, a Justiça definiu a data do júri popular do réu Janildo Silva Magalhães. O julgamento do homem está previsto para o dia 7 de outubro deste ano, às 8h30, na Comarca de Aparecida de Goiânia.
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Janildo, que é aposentado por invalidez, já possui passagens por furto, roubo, tráfico de drogas e até homicídio, além de estupro praticado contra a enteada em 2022, em Rio Verde. Ele morava com a mãe e a irmã na época do crime.
Amélia Vitória foi raptada e morta após sair de casa para buscar a irmã na escola no dia 30 de novembro de 2023, em Aparecida de Goiânia. Segundo as investigações da Polícia Civil (PC), ela foi estuprada em dois locais diferentes por Janildo.
Primeiro, em uma região de mata atrás de um imóvel e, depois, em uma casa abandonada. Depois do primeiro ato de violência sexual, o suspeito teria colocado a vítima no cano da bicicleta e feito um percurso de aproximadamente 6km com ela, até chegar no local que ele usava como esconderijo para usar drogas e guardar objetos roubados.
Ainda conforme as investigações, no imóvel abandonado, Janildo teria continuado estuprando Amélia durante toda a noite, até decidir matar a estudante por meio de asfixia. Ele tinha o costume de sair com uma bicicleta e cometer furtos e roubos na região onde a estudante desapareceu.
Investigação
Dois dias após o desaparecimento de Amélia, os moradores denunciaram à polícia que um corpo havia sido abandonado em uma rua, no bairro Parque Hayala. Durante os exames no corpo, a perícia confirmou que a adolescente foi vítima de estupro. Com o material genético encontrado, a polícia chegou até Janildo, que tinha DNA cadastrado no Banco Nacional de Perfis Genéticos por já responder na Justiça por um crime de estupro.
Segundo a investigação policial, depois de matar Amélia, o suspeito voltou para casa e pintou a bicicleta usada no crime, além de também ter rasgado a camiseta que usava, tendo a abandonado em um canto da casa, com o intuito de descartá-la. Na época, a mãe e a irmã de Janildo começaram a estranhar o comportamento dele e não deixaram que ele se livrasse da roupa. Aos policiais, a família do suspeito relatou também que, quando viam reportagens sobre o sumiço da menina, Janildo ficava alterado.
A comoção da própria família com a morte de Amélia, fez com que Janildo decidisse retornar ao imóvel para abandonar o corpo da menina em um local de fácil localização. A perícia indicou que ele envolveu o corpo no lençol e a arrastou até a rua.