Sem autorização dos deputados, STF não poderá investigar presidente pelos crimes de organização criminosa e obstrução de justiça

O plenário da Câmara dos Deputados se reúne para votar a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temers (José Cruz/Agência Brasil)

O plenário da Câmara Federal aprovou, na noite desta quarta-feira (2/8), o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pela rejeição da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). O relatório é de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG).

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Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco, também foram denunciados.

O presidente e os ministros foram acusados de formar uma organização criminosa para ocupar cargos públicos e arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. Temer também é acusado de obstrução de Justiça. O Planalto nega todas as acusações.

Tanto o presidente quanto os ministros só poderiam ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) STF se pelo menos 342 do total de 513 deputados se manifestassem contra o relatório de Bonifácio de Andrada.

Internação

O presidente Michel Temer (PMDB) passou mal nesta quarta-feira (25) e foi encaminhado para o centro cirúrgico do Hospital do Exército, em Brasília.

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República emitiu nota oficial à imprensa em que confirma que o presidente Michel Temer (PMDB) teve que ser internado às pressas após sentir um desconforto.

“O médico de plantão constatou uma obstrução urológica e recomendou que fosse avaliado no Hospital do Exército, onde se encontra para realização de exame e devido tratamento”, diz o comunicado. Confira a íntegra: