Ponto de coleta foi instalado nesta quarta-feira, 6, e vai até 31 de outubro; produtos serão destinados a jovens estudantes da rede municipal e a mulheres refugiadas da capital

Câmara de Goiânia quer arrecadar 600 pacotes de absorventes para doação até o fim do mês | Fotos: Gabriela Macêdo/Jornal Opção

Em um contexto em que, segundo o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 4 milhões de meninas brasileiras não têm acesso a itens de cuidados básicos menstruais, um ponto de coleta de absorventes foi instalado na Câmara Municipal de Goiânia. A campanha faz parte das iniciativas do Outubro Rosa do Legislativo goianiense.

O projeto foi iniciado nesta quarta-feira, 6, com um sexto da meta –  que é de coletar 600 pacotes – já cumprido. Quem deseja colaborar tem até 31 de outubro para dar sua contribuição.

Entre os itens coletados, não há especificidades. É possível contribuir tanto com absorventes descartáveis quanto com reutilizáveis e dinheiro para que a equipe responsável faça a aquisição dos produtos. Parceiros do projeto de aquisição, o Girl Up Goiás, movimento da Fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) está responsável por receber esse dinheiro através do Pix (com o e-mail [email protected]).

A campanha faz parte de uma política permanente de enfrentamento da pobreza menstrual que vem sendo desenvolvida pela vereadora Aava Santiago (PSDB). Apesar de ter criado um projeto de lei para instituir o Programa Municipal de Promoção da Dignidade Menstrual, que se encontra em tramitação na Casa Legislativa, a campanha visa acelerar a conscientização do poder público e da sociedade sobre o tema. A partir da arrecadação, caso a meta de 600 pacotes seja batida antes do prazo, os itens já serão distribuídos aos parceiros.

Entre esses parceiros, estão os refugiados amparados pela Cátedra Sérgio Vieira de Mello, da Acnur Brasil, e algumas escolas municipais de áreas consideradas vulneráveis da cidade de Goiânia. “Nosso público-alvo são as estudantes da rede municipal e mulheres refugiadas do nosso município”, completa a tucana.