O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), teceu duras críticas ao governo federal neste sábado, 9, após o assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos, ocorrido na sexta-feira.

Caiado destacou que o atentado aconteceu em um local sob jurisdição federal, reforçando sua cobrança por uma ação mais rígida do governo. Segundo ele, o crime estaria ligado a uma delação envolvendo lavagem de dinheiro e tráfico, ambos sob responsabilidade do governo federal.

Para Caiado, este é o momento ideal para que o governo Lula ofereça “uma resposta dura às facções”. Ele também criticou a recente PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da segurança pública proposta pelo governo, dizendo que “não é preciso de PEC nem de amarrar as polícias estaduais para resolver situações como essa”.

Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo firmou um acordo de delação com Gritzbach, considerado peça fundamental nas investigações contra o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O empresário havia se comprometido a revelar detalhes sobre a estrutura e o funcionamento do esquema de lavagem de dinheiro da facção, além de fornecer informações sobre possíveis atos de corrupção envolvendo autoridades policiais.

No entanto, Gritzbach foi morto em uma emboscada no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, com outras três pessoas feridas, sem relação com a delação.

A segurança pública já desponta como um dos principais temas da eleição presidencial de 2026, e Caiado tem se consolidado como pré-candidato do União Brasil. Em evento realizado na quarta-feira, lideranças do partido manifestaram apoio ao nome de Caiado, com o presidente do partido, Antônio Rueda, destacando sua experiência e qualificações.

Para o prefeito reeleito de Salvador, Bruno Reis, o modelo de segurança pública implantado em Goiás por Caiado é um “case de sucesso” e será uma vantagem significativa na disputa presidencial.

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