Butantan afirma que eficácia global da Coronavac é de 50,38%
12 janeiro 2021 às 16h48
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Inicialmente, instituto publicou dados de 78% de eficiência em casos leves e 100% em casos graves
Nesta terça-feira, 12, o Instituto Butantan publicou que a eficácia global da vacina Coronavac, para imunização contra a Covid-19, é de 50,38%. Na semana passada, o órgão divulgou apenas a eficácia em casos leves da doença (78%) e em casos graves (100%).
Esses índices significam que entre toda a população que for vacinada há 50% de chances da pessoa vacinada se infectar e apresentar um quadro muito leve da doença. O indivíduo também estará 78% protegida contra casos leves e 100% segura contra casos moderados e mortes.
Embora o percentual seja menor do que o divulgado inicialmente, ele está acima do índice de 50%, exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nenhuma outra companhia que está desenvolvendo vacina apresentou dados de forma detalhada antes da autorização do uso emergencial. E nós estamos aqui fazendo isso”, disse nesta terça o presidente do instituto, Dimas Covas.
Desde que apresentou os dados fatiados de eficácia, o Butantan vem sofrendo pressão da Anvisa e de especialistas para divulgar o estudo completo e a comparação com outras nações. A Turquia já havia anunciado que a eficiência do imunizante no país ficou em 91% e, nessa segunda-feira, 11, a Indonésia informou que ficou em 65,3%.
Um dos entraves para a divulgação do estudo completo era a empresa farmacêutica Sinovac, que é detentora da pesquisa. De acordo com o governo de São Paulo, cabe a ela juntar os dados de todos os países e fazer a média.
Por ser a responsável em unir as informações, a Sinovac deverá pedir o registro definitivo da vacina no Brasil. A solicitação para uso emergencial foi feita pelo Instituto Butantan.
Eficácia
Para o coordenador-executivo do Centro de Contingência Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, em vez de discutir a eficácia da vacina seria mais significativo discutir os benefícios trazidos por ela.
“A gente pode imediatamente atacar o que é mais importante e mais significativo, que é essa pressão sobre o sistema de saúde, a utilização dos leitos de UTI, são os casos graves e as pessoas que infelizmente vão vir a óbito por conta da pandemia”, afirmou Gabbardo.
[Esta matéria conta com informações do Portal Metrópoles]