Artigo de pesquisadores da UFG evidencia pontos cruciais nas medidas sanitárias praticadas por governantes em 2020

A possibilidade de se reelegerem como governadores e o número de mortes no estado, foram cruciais para as tomadas de decisão dos chefes de executivos de estado no combate à pandemia do Covid-19. É o que diz o artigo científico produzido por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG).

As análises foram realizadas a partir do cruzamento de informações, como a busca por reeleição dos atuais líderes do executivo estadual, o alinhamento com o governo federal, de Jair Bolsonaro (PL), iniciativas para o combate da pandemia e a curva de mortes dentro de cada estado do País.

Outros dados utilizados foram a porcentagem de aprovação do governo Bolsonaro e a quantidade de votos alçados pelo atual presidente dentro das unidades federativas, nas eleições de 2018. O espaço amostral utilizado foi de março a dezembro de 2020, tido como a primeira onda do novo coronavírus em território nacional.

No artigo, foi analisado que alguns estados que eram alinhados com o governo do presidente e que se posicionaram contra a postura de Bolsonaro, que foi explicitamente contrário as medidas restritivas, conforme as mortes aumentavam dentro de seu estado geraram um saldo positivo entre seus eleitores. A possibilidade de reeleição influenciou nessa ruptura de maneira semelhante.

A pesquisa foi encabeçada pelo pós-doutorando na UFG e agora docente em Ciência Política na Universidade Federal do Pará (UFPA), Lucas Toshiaki Archangelo Okado, e pelo professor associado da área de Ciência Política e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFG, João Carlos Amoroso Botelho.

O artigo completo pode ser acessado por este link.